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Réus são julgados e condenados em menos de um ano
CIDADES

Réus são julgados e condenados em menos de um ano

| CHACINA DO PADRE ANDRADE | Crime ligado à guerra de facções ocorreu em 30 de março de 2017. Três pessoas foram mortas em praça pública e três ficaram feridas. Um dos acusados foi sentenciado a 63 anos de prisão
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Dois dos réus acusados de participação na Chacina do Padre Andrade, ocorrida há pouco menos de um ano, que deixou três pessoas mortas e outras três feridas, foram condenados por um júri popular, na noite da última segunda-feira, 12, no Fórum Clóvis Beviláqua. Esta é a primeira vez que uma chacina é julgada em menos de 12 meses no Ceará. E a exemplo das matanças nas Cajazeiras e no Benfica, os crimes no Padre Andrade também estão relacionados à guerra entre facções.
[SAIBAMAIS]

Jonh Lennon Almeida Sousa, 27, foi sentenciado a 63 anos de prisão e Pabllo Gabriel Martins Gomes, 22, foi apenado a 31 anos e seis meses de detenção.  

 

Já o terceiro réu, Helenilson Araruna de Sousa, 20, não foi localizado desde as investigações e o processo contra ele está suspenso. Três adolescentes também foram indiciados pela chacina, que contou ainda com a participação de outras duas pessoas, não identificadas.
 

Com pouca repercussão, a Chacina do Padre Andrade ocorreu em 30 de março de 2017, por volta das 16h30min, na rua Rincão. As vítimas estavam na Praça Luciano Cardoso quando foram alvejadas por oito pessoas, divididas em quatro motocicletas, que efetuaram diversos disparos. Morreram: Jaime Barros de Almeida Filho, 32, Alex Bruno de Sousa Ferreira, 21, e Antônio Dionísio Duarte, 31. Outras três vítimas ficaram feridas.
 

As mortes estariam relacionadas à disputa pelo tráfico de drogas na região. A denúncia aponta o Padre Andrade como território do Comando Vermelho (CV) e escreve que o ataque seria uma represália de membros da Guardiões do Estado (GDE) ao assassinato de um comparsa, ocorrido um mês antes, na Lagoa do Urubu, no Álvaro Weyne, um dos redutos da facção.
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Diante das acusações, o Segundo Tribunal do Júri condenou Gabriel e Lennon por três homicídios qualificados e três tentativas de homicídio, ambas em concurso de pessoas (mais de um agente) e de material (mais de uma ação criminosa). Dentre os réus, contudo, somente Gabriel está preso. 

 

Diferentemente de Helenilson, Jonh Lennon foi intimado durante o processo, mas não compareceu às instruções, foi julgado à revelia e também
está foragido.
 

A sessão foi presidida pelo juiz Edson Feitos a dos Santos Filho.Conforme a ata da sentença, a defesa argumentou “tese negativa de autoria”, mas o júri votou pela condenação.
 

Os adolescentes que teriam participado da chacina foram identificados na denúncia. Até o fechamento desta matéria, contudo, O POVO não conseguiu confirmar se eles cumprem medida socioeducativa.

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