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Com taxa de 6,6%, evasão escolar na rede estadual é a menor em 10 anos
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Com taxa de 6,6%, evasão escolar na rede estadual é a menor em 10 anos

| ENSINO MÉDIO | Índice de abandono em 2017 foi de 6,6%. O percentual ainda representa 21.738 alunos fora da rotina escolar
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Em 2017, 21.738 alunos abandonaram o ensino médio na rede estadual. O número representa 6,6% das matrículas do ano passado, a menor taxa em dez anos. Entre as 722 escolas públicas do Estado, 105 tiveram índice de abandono zero: 89 escolas estaduais de educação profissional (EEEPs), 15 de ensino regular e uma indígena. 


Amanhã, o governador Camilo Santana (PT) deverá apresentar o programa Nenhum Aluno a Menos, que promete reduzir ainda mais a evasão escolar. A estratégia da iniciativa inclui pactuação com os municípios e premiações às escolas que atingirem as metas.
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A marca de 6,6% representa uma diminuição de 3,1 pontos percentuais na comparação com 2016 (veja o gráfico ao lado). Naquele ano, conforme o governador, uma greve de professores colaborou para que mais alunos desistissem da vida escolar.

“A orientação é fazer tudo que for possível para manter o aluno dentro da escola e para trazer o aluno de volta”, ressalta o governador. Os dados foram divulgados ontem, em evento no Palácio da Abolição, que contou ainda com a participação de gestores escolares e alunos. Os dados apresentados fazem parte do Censo Escolar 2017.

Entre as informações disponibilizadas na apresentação, as taxas de abandono de 2016 no Brasil, de 7,6%, e no Nordeste, de 8,8%.
 

No Ceará, ano passado, escolas de 69 municípios registraram taxa de abandono zero. O Centro Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) com o menor índice foi o de Jaguaribe.
 

Camilo Santana destacou que é necessário monitoramento individual dos alunos. “Nesse acompanhamento, um aluno quando está com notas mal avaliadas, mais baixas, gera um sinal importante de alerta. Para procurá-lo e saber o que está acontecendo. É um indicativo de que ele pode abandonar a escola”, afirma.
 

O governador destacou ainda que há 80 escolas de ensino médio sendo construídas no Estado, 17 delas em Fortaleza.
 

Questionado sobre a interferência da violência no acesso dos jovens às instituições de ensino — considerando a questão dos territórios dominados por facções criminosas —, Camilo Santana reforçou que é preciso identificar as causas da ausência de cada aluno. “A violência se dá exatamente por esse abandono, por as nossas crianças e jovens não estarem na escola, não terem uma perspectiva, uma esperança. A maior política de prevenção de violência é essa que nós estamos fazendo: dar escola para as pessoas, escola de tempo integral”, afirmou.
 

E completou: “Hoje a sociedade brasileira paga um preço muito caro por não ter feito isso no passado. Nós temos uma geração que não teve oportunidade, é só pegar o perfil dos presos, a grande maioria não terminou nem o ensino fundamental”.

NENHUM ALUNO A MENOS


Programa que será lançado pelo Governo do Ceará para combater a evasão escolar inclui, entre outras ações, premiações por meta atingida

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