As 12 mil pessoas que convivem com a o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em Fortaleza conta com mais um posto de Serviço de Atenção Especializada (SAE). Uma nova sede foi inaugurada na manhã de ontem, na Policlínica João Pompeu Lopes Randal, no Jangurussu. O poder público municipal espera descentralizar e agilizar o atendimento. Na ocasião, o prefeito Roberto Cláudio foi cobrado por atrasos de cestas básicas e passagens de ônibus direcionados para a faixa mais carente dessa população.
[SAIBAMAIS]Os pacientes terão acesso ao serviço através de encaminhamento feito pelos postos de saúde ou pelo Centro de Testagem Carlos Ribeiro. O usuário realiza um teste, convencional ou rápido, e os casos diagnosticados reagentes para a doença são referenciados ao SAE.
Segundo o prefeito Roberto Cláudio, a descentralização do serviço era uma demanda da população. “É importante a gente ampliar a cobertura e descentralizar o serviço. Estamos agora no Jangurussu, na regional mais adensada de Fortaleza. A Cidade inteira tinha que se deslocar para o posto Carlos Ribeiro, na regional I, no outro lado da cidade para poderem se consultar e ser acompanhada”, justifica.
Conforme o prefeito, o serviço conta com novos consultórios médicos, atendimento de nutrição, psicologia, serviço de farmácia para a entrega dos anti-retrovirais na própria unidade e um laboratório de coleta de exames essenciais para o acompanhamento da carga viral e da resposta do tratamento. “Para além do serviço em si com os profissionais já trabalham nele, em qualquer intercorrência, as pessoas acompanhadas pelo serviço podem ser atendidas também pela equipe do programa de saúde da família, médicos e profissionais especializados da policlínica”, afirmou RC.
Joana Maciel, titular da Secretaria Municipal da Saúde, explica que o SAE também é ofertado no posto de saúde Anastácio Magalhães, no Núcleo de Atenção Médica Integrada (Nami) da Universidade de Fortaleza, no Centro de Especialidade Médicas José de Alencar, no Clínica Escola de Medicina da faculdade Christus, e em quatro hospitais - o Hospital da Mulher, o Hospital Nossa Senhora da Conceição, o Gonzaguinha do José Walter e o de Messejana.
De acordo com Vando Oliveira, da Rede Nacional de Pessoas convivendo com HIV/Aids no Ceará, a nova sede é uma conquista. “Um serviço que já existia e que já estava passando por problemas e agora aqui vai proporcionar melhor atendimento, melhor espaço”. Representante do Fórum do Movimento Social de Luta Contra a Aids do Ceará, na ocasião, ele cobrou o atraso no repasse 500 cestas básicas e recarga de bilhetes únicos oferecidos mensalmente para as pessoas mais carentes dessa população. Outra demanda é a contratação de um profissionais para a RNP no Ceará. Segundo RC, os prazos devem ser regularizados até junho.