Logo O POVO+
Família de Stefhani Brito relata receber ameaças
CIDADES

Família de Stefhani Brito relata receber ameaças

|Feminicídio| Stefhani foi morta no dia 1º de janeiro e o acusado segue foragido desde o dia do crime. A primeira audiência de instrução do caso foi realizada ontem
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

Na primeira audiência de instrução sobre o assassinato de Stefhani Brito Cruz, ontem, no no Fórum Clóvis Beviláqua, foram ouvidas seis testemunhas de acusação. Mais duas testemunhas serão ouvidas no dia 23 de janeiro de 2019. A jovem de 22 anos foi morta no dia 1º de janeiro deste ano. Acusado do assassinato da ex-companheira cujo corpo ainda foi conduzido na garupa de uma motocicleta até ser deixado na Lagoa da Libânia , Francisco Alberto Nobre Calixto Filho continua foragido, após mandado de prisão expedido ainda em janeiro.

 

"Já são quase dez meses e nada de respostas. A gente já viu tantos casos com outras mulheres e os bandidos já estão atrás das grades", lamentou a mãe de Stefhani, Rose Brito. Ela relata que, por meio de terceiros, o ex-companheiro da filha faz constantes intimidações à família e às amigas de Stefhani.

 

"Ele faz ameaça por telefone, rodeia a casa das pessoas. Ele não está longe. Continua aqui no Ceará", conta. Antônio Felipe Brito, 25, irmão de Stefhani, disse: "O pai de uma das amigas dela me telefonou para dizer que ele (acusado) tinha ameaçado de morte a filha caso ela não parasse de divulgar informações".

 

A família já solicitou à Polícia Civil proteção policial e se mudou do Sítio Córrego, no Mondubim, onde morava. "Estamos vulneráveis", desabafou Felipe.

 

Rose classificou a audiência, dedicada a colher o depoimento das testemunhas, como "um passo bem importante". "É a primeira audiência e eu espero que Deus me dê força e coragem e que a gente consiga ter justiça para a minha filha. Porque a gente tem sofrido demais", emociona-se.

 

A juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro presidiu a sessão. A acusação foi feita pelo promotor de Justiça Marcus Renan Palácio de Morais e a defesa, pelo defensor público Muniz Augusto Freire.

 

Foram arroladas 12 testemunhas pela acusação, sendo que dez compareceram. Dessas, quatro foram dispensadas pelo promotor de Justiça por serem parentes do acusado o que faz com que elas não sejam obrigadas a depor.

 

Encontrado às margens da Lagoa da Libânia, no Mondubim, no primeiro dia do ano, o corpo da jovem estava com as duas pernas quebradas e apresentava hematomas e outros sinais de tortura.

 

Seis meses antes do feminicídio, o relacionamento havia chegado ao fim e Francisco Alberto estava em um novo relacionamento. No dia 1º, Stefhani foi chamada pelo homem para uma conversa. A família, preocupada, telefonou para a jovem, que atendia às ligações. No entanto, a partir das 21 horas, Stefhani passou a responder apenas por WhatsApp. Para a família, as mensagens eram enviadas pelo autor do crime, se passando por ela. (Colaborou Jessika Sisnando)

 

O que você achou desse conteúdo?