Até o meio deste ano, o Centro de Fortaleza deve contar com 120 câmeras de vigilância - institucionais e particulares - e 138 agentes de segurança pública, entre guardas municipais e policiais militares. Além disso, seguranças particulares contratados pelos comerciantes, os "Voluntários da Paz", também devem integrar a nova proposta de segurança para bairro. A área será dividida em quatro quadrantes e uma torre de vigilância deve ser implantada na Praça José de Alencar.

O eixo da segurança é um dos seis que integram o Projeto Novo Centro, da Prefeitura em parceria Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). A proposta foi divulgada ontem, pelo vice-prefeito Moroni Torgan, em coletiva na sede da CDL.

Segundo ele, uma das prioridades é criar uma "sensação de segurança" no Centro, considerado por ele "um dos maiores shoppings a céu aberto". Moroni explica que a torre de vigilância contará com quatro guardas e que cada quadrante da região terá 30 câmeras.

"Vamos ter nas esquinas, em cabines de um metro, os Voluntários da Paz, seguranças pagos pelos comerciantes, com apitos e rádios de comunicação. A partir do momento que sentirem qualquer problema, vão ter o apoio da Guarda (Municipal) ou da PM, que vão chegar e resolver o problema", detalhou.

Conforme o vice-prefeito, ainda será feito um levantamento de quantos "Voluntários da Paz" serão contratados e distribuídos nas esquinas mais importantes do bairro. "Vamos ter todo um processo de trabalho e planejamento operacional. A implementação deve ocorrer até o meio do ano".

"É preciso treinar os Voluntários da Paz, fazer a conjunção entre o monitor e o patrulhamento. O patrulhamento de dia é com arma não letal e o de noite é mais com arma letal, porque vai enfrentar quadrilhas mais perigosas", detalhou. A segurança será feita por motocicletas de dia (quatro em cada quadrante) e por viaturas à noite.

Outro ponto levantado na reunião na CDL, foi a questão das pessoas em situação de rua. Conforme o prefeito Roberto Cláudio, ainda no primeiro semestre de 2018 será aberto dormitório no Centro com aproximadamente 150 camas. "O padrão de ocupação diurno estimula a ocupação noturna por moradores de rua. Há um fenômeno social de entidades que trazem alimentos para as praças centrais, que se tornam pontos de encontro", relaciona.

A ideia, de acordo com RC, é que o novo local (ainda não detalhado) seja ponto de encontro das entidades que realizam ações junto aos moradores de rua. "Para que as praças deixem de ser esse ponto de referência e que esse seja um espaço de encontro de todas as entidades que prestam atenção e apoio aos moradores de rua", projetou. (Ana Rute Ramires)

Ruas

Dado de 2017 da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos mostram que há 247 pessoas morando na Praça do Ferreira.