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Barragem do Rio Cocó evitou alagamento pior, diz Cogerh
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Barragem do Rio Cocó evitou alagamento pior, diz Cogerh

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A população ainda se questiona por que a barragem do Rio Cocó, localizada entre Conjunto Palmeiras e Conjunto José Walter, não evitou o alagamento que atingiu bairros vizinhos no último domingo. O equipamento, um investimento de R$ 65 milhões, foi inaugurado em junho de 2017 justamente para evitar alagamentos nos bairros ribeirinhos. À época da inauguração, o Governo do Estado afirmou que 14 áreas de riscos seriam extintas com a obra.

De acordo com o diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Bruno Rebouças, a barragem faz um trabalho de contenção de cheias, mas possui um limite. "A água passa pelo sangradouro, amortece parte da água, mas não tem capacidade de conter 100%", afirma. Segundo ele, se não fosse a barragem, a enchente teria sido muito pior. Conforme Rebouças, uma série de fatores provocaram o alto volume de água na maior chuva do ano, de 120 milímetros (mm) de sábado para domingo. "Toda a área de contribuição que vai para o Rio Cocó (Maracanaú, Pacatuba, Castelão) teve precipitação de mais de 120 mm. Isso colabora na ocorrência de inundação", pontua. Outro aspecto que, segundo ele, influenciou foi o período de marés. E ainda a proximidade entre as comunidades e a margem do rio.

Integrantes do movimento social Círculos Populares foram até a barragem e constataram que uma das comportas foi aberta no domingo. Em nota, o movimento, afirmou que a abertura foi tardia, "não tendo espaço para o escoamento da água".

Morador do Conjunto Palmeiras II e ativista social, Paul Almeida diz que a preocupação agora é com indenização. "Temos uma questão territorial muito grave aqui. A exigência da Prefeitura era de que os moradores fossem no Cuca do Jangurussu, para se cadastrar e depois iriam fazer a visita. Algumas comunidades não podem passar para o lado de lá, por causa de conflito de facções", explica. (Colaborou Rubens Rodrigues)

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