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Fiéis e familiares saem em defesa
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Fiéis e familiares saem em defesa

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O POVO esteve na tarde desta quarta-feira, 31, no local onde funcionava o terreiro de Francisco Aucivan Pereira Linhares. O espaço fica em uma região bastante afastada do distrito de Alto Lindo, na zona rural de Ibiapina. Para chegar até lá, são, pelo menos, 20 minutos de carro em estrada carroçável.

O POVO tentou conversar com a esposa de Francisco. Mas ela, que está grávida, alegou estar passando mal e não quis receber a reportagem. Quem se responsabilizou pela defesa do pai de santo no local foi uma amiga dela. Maria das Dores de Sousa Lima disse frequentar o local há cerca de dois anos e nunca ter presenciado nenhum tipo de abuso sexual ali, argumentando que ele sempre a tratou bem. Ela ainda rebateu todas as acusações. Disse que o pai de santo nunca ofereceu bebidas alcoólicas aos frequentadores, que os atendimentos individuais duravam cerca de 20 minutos e que os fiéis se limitavam a contar sobre suas vidas e receber bênçãos. Além disso, afirmou que o pai de santo era um estudioso da religião. E negou que simpatizantes do religioso estivessem ameaçando vítimas e testemunhas.

Para ela, as denúncias são uma articulação de um ex-auxiliar, que queria tomar o lugar do pai de santo. "Ele não tinha tempo para a esposa, ficava dia e noite estudando, rezando pelas pessoas, as oração que elas pediam em papel. Ele é uma pessoa não só conhecida aqui, como lá fora. Então, é impossível (ele ser culpado das acusações)".

Conforme moradores de Ibiapina, o terreiro de Francisco era bastante conhecido e frequentado na região. Eventos chegavam a reunir cerca de 50 pessoas. O espaço recebeu diversas ajudas financeiras dos fiéis para ser construído. Consultas do "Pai Francisco" custavam R$ 20 ou R$ 25. (Lucas Barbosa)

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