O Hospital Municipal Maria Idalina Rodrigues de Menezes, em Icapuí, deverá ser um dos Hospitais de Pequeno Porte (HPP) afetados, caso se confirme o fim do incentivo do Estado. A unidade atende cerca de três mil pessoas por mês. Para o secretário da Saúde do município, Reginaldo Chagas, em vez de descontinuar a verba para os municípios, o Estado deveria construir uma política para os HPPs.
O gestor informa que 75% dos custos mensais do hospital são financiados pela própria prefeitura. A verba estadual, que está ameaçada, é de R$ 8 mil. Valor que, se descontinuado, sobrecarregará as despesas do município com saúde, que já estão elevadas.
"(A verba) Daria para suprir água e luz. O grosso do custeio já sai do município: folha de pagamento, compra de material, manutenção de ambulância, combustível. Pela Constituição, os municípios deveriam custear 15% do orçamento próprio com Saúde, mas alguns chegam a 27%. Icapuí já está com 34%", diz.
O impacto da medida poderia afetar o o atendimento de urgência emergência no Interior, bem como sobrecarregar hospitais de referência. "Aqui nos temos um hospital polo, que além de atender a nossa população, atende a de Granja, Martinópole, Barroquinha e Chaval. Os hospitais estratégicos e os de pequeno porte servem para desafogar os de média complexidade", completa Fernando Fernandes, secretário da Saúde de Camocim.