Prestes a completar uma semana na Praia de Iracema, os comerciantes da Feirinha da Beira Mar, maior mercado de artesanato a céu aberto de Fortaleza, começam a se acostumar com o novo espaço. Desde a última quinta-feira, 1°, os quiosques foram transferidos para viabilizar a reforma do espaço tradicional, próximo ao Náutico.
"Beira Mar de Todos" é o nome do projeto da Prefeitura de Fortaleza que, entre as mudanças urbanísticas na orla, prevê a reforma do local onde acontece a tradicional Feirinha de Artesanato da Volta da Jurema, mais conhecida como Feirinha da Beira Mar. O projeto deve ser finalizado em agosto de 2020, de acordo com o secretário da Regional II, Ferruccio Feitosa.
"Estamos ainda na fase de adaptação. Esse é um lado da cidade que tem vida, diversão, cultura e arte, nós trouxemos o comércio. Estamos encontrando dificuldades devido ao layout atual. Lá, era outro. Mas, aos poucos, estamos consertando os erros", avalia Djalma Rios, presidente da Associação dos Feirantes da Beira Mar.
A organização provisória alterou a disposição dos vendedores e da capacidade de armazenamento das mercadorias. Com isso, os vizinhos de venda não são mais os mesmos. "A mercadoria está junto uma da outra. As filas ficaram mais apertadas. No entanto, isso é provisório. Nosso sonho maior está para vir. Eu creio com esse tempo, o povo também vai começar a gostar do local", anseia Djalma. No total, a feira reúne 663 de empreendedores.
O representante dos feirantes ainda não teve acesso a maquete do novo local. "Isso é coisa que ainda vai ser discutido com a prefeitura. Sabemos qual tamanho do espaço e de cada box que vai ser feito. Mas o modelo da nova feira, não sabemos". A expectativa é que a gestão municipal mantenha o mesmo número de boxes. A estrutura deve ser edificada e ter o próprio gerador de energia; atualmente, baterias levam energia elétrica ao local.
"No local, estão sendo construídas novas calçadas e pavimentação da via de veículos com sinalização, internalização de cabos, novos mobiliários, novos quiosques de alimentação e lanches, todos padronizados", em nota detalhou a Regional II.
Maria Euridice, 40, trabalha há 28 anos na Feirinha. Para ela, o novo espaço está ótimo. "Todo mundo vende. As pessoas querem um canto largo. Esse espaço é por pouco tempo. Ela (Secretaria) poderia chegar e dizer que ia fechar. Mas não, eles deram um jeito", elogia.
As aposentadas Stella Montenegro, 71, e Isaura Costa, 69, passeavam com amigos da França ontem, 5, quando pararam, como de costume, para visitar a feirinha. Para ambas, o espaço provisório onde os boxes estão é mais satisfatório que o de onde saíram. "Está melhor, mais organizado e arejado. Esse piso está maravilhoso. Espero que o prefeito cumpra o prometido e entregue um local melhor", anseia Stella.
O que muda com a reforma
O tamanho do boxe continua o mesmo: 2 m²;
A estrutura, antes metálica, será edificada;
Um gerador de energia elétrica da própria feirinha deve ser instalado no lugar das baterias que alimentam o local;
Há expectativa de construção de quiosques para venda de comidas;
O número de feirantes, a princípio, deve ser o mesmo: 663