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Governador Wilson Witzel comemora resultado da ação com socos no ar
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Governador Wilson Witzel comemora resultado da ação com socos no ar

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 (Foto: WILTON JUNIOR/AE)
Foto: WILTON JUNIOR/AE

O governador do Rio,Wilson Witzel, chegou à ponte de helicóptero e ao descer da aeronave ele comemorou o fim da operação, dando socos no ar, o que gerou algumas críticas na imprensa e redes sociais.

Witzel disse que conversou com seus parentes, que teriam pedido desculpas pelo drama deflagrado. "Primeiro, eu quero agradecer a Deus. Não foi a melhor solução possível, o ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns", afirmou. "(Tomamos a decisão de) solucionar o problema rapidamente.

Questionado sobre a motivação da ação, o governador afirmou que poderia ser uma pessoa que sofre de "algum transtorno". "Iremos aprofundar agora para ver qual foi a causa", acrescentou, explicando que, ao contrário do que foi inicialmente dito por alguns meios de comunicação locais, o sequestrador não era um policial.

Witzel ainda defendeu o trabalho da Polícia e disse que os agentes envolvidos na operação poderão ser condecorados.O governador informou que a recém-criada Secretaria de Vitimização irá cuidar não apenas dos 37 reféns, mas também da família do homem morto. Witzel aproveitou o que chamou de "sucesso" da operação para comparar com a situação das comunidades, onde pelo menos cinco jovens foram mortos, vítimas de bala perdida na última semana.

"Foi um trabalho de excelência, se a PM não tivesse abatido o criminoso, muitas vidas não teriam sido poupadas, e é isso que está acontecendo nas comunidades: se a Polícia puder abater quem está de fuzil, muitas vidas serão poupadas", disse. "Fizemos a oração do Pai Nosso junto com as vítimas e oramos pelo criminoso que morreu."

Antes da ação policial que pôs fim ao sequestro, o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, disse a repórteres que concordava com o uso de franco-atiradores. "Não tem que ter pena", disse ele, lembrando casos anteriores semelhantes.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, parabenizou a Polícia Militar do Rio de Janeiro pelo desfecho do sequestro. "Situação de sequestro e reféns é sempre tensa, imprevisível e pode não acabar bem. Parabéns à PMERJ pelo resgate dos reféns sãos e salvos", escreveu no Twitter.

O sequestro de ônibus tem alguns casos precedentes no Rio. Em agosto de 2011, um deles deixou três feridos no coração da cidade. Em junho de 2000, um refém foi morto e o atacante morreu após ser capturado pelas autoridades no incidente conhecido como "O sequestro do Ônibus 174".

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