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Violência faz parte do cotidiano de alguns bairros da Capital
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Violência faz parte do cotidiano de alguns bairros da Capital

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FORTALEZA, CE, BRASIL, 24-09-2019: Ataque ao Ecoponto do Bairro Vila Velha. Princípio de incêndio em um dos containers e quebra de uma janela.  (Foto: Júlio Caesar/O POVO) (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR FORTALEZA, CE, BRASIL, 24-09-2019: Ataque ao Ecoponto do Bairro Vila Velha. Princípio de incêndio em um dos containers e quebra de uma janela. (Foto: Júlio Caesar/O POVO)

No bairro Vila Velha, em Fortaleza, na noite de ontem, em meio a uma ocorrência de ataque a um Ecoponto que foi incendiado, cinco meninos brincavam na rua, as mães monitoravam nas calçadas. As crianças perguntavam sobre as reportagens e confirmavam o ataque que havia acontecido.

Ali, a ideia de um incêndio criminoso não as assustava e parecia ser parte do cotidiano de quem está todos os dias sob o barulho de tiros e com os olhos encadeados com a luz do intermitente das viaturas.

Um cotidiano de violência, mas que não impede o ritmo do bairro. Como o outro grupo de adolescentes, que não interrompeu a partida de futebol, mesmo com o ataque do Vila Velha e as viaturas passando a todo instante.

Apesar dos atentados, nas comunidades, as pessoas aproveitaram a tarde e a noite para sentar nas calçadas. E a medida que os crimes aconteciam, elas aglomeravam-se, como também aconteceu na rua Aluízio Azevedo. Uma moradora e mais duas pessoas tentaram depredar um ônibus, mas haviam policiais no interior do veículo.

Uma senhora explicava para a outra, citando o nome da mulher que depredou o veículo. Os agentes atiraram e a mulher foi detida. É a 'fulana' mesmo, da rua de trás, dizia a senhora. Os outros dois fugiram. Após a saída das viaturas as senhoras dispersaram-se e voltaram para as suas respectivas calçadas.

Por outro lado, teve gente que foi afetado diretamente. Como no ataque a um caminhão no bairro Vila Velha, este pela manhã. A fumaça entrou na residência da família, que teve que se abrigar na casa dos vizinhos. O mesmo ataque afetou a instalação elétrica da rua. As pessoas ficaram sem luz. (Jéssika Sisnando)

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