Mais quatro navios de bandeira grega, além do Bouboulina, da empresa Delta Tankers, são alvo da investigação que a Marinha do Brasil e a Polícia Federal (PF) realizam para tentar identificar os responsáveis pelo derrame de óleo cru que, desde o fim de agosto, atinge o litoral dos nove estados do Nordeste.
Em nota, a Delta Tankers informa que recebeu a notificação da Marinha brasileira somente na última terça-feira, 5. A empresa diz ainda que, no documento entregue pelo Ministério de Assuntos Marítimos da Grécia, os cinco navios gregos são tratados como suspeitos de derramamento do óleo.
Dos 30 navios-tanques sob investigação, o Bouboulina é apontado como o principal suspeito pelo provável derramamento de óleo. Os investigadores afirmam que, após carregar petróleo bruto na Venezuela, a embarcação grega contornou a costa nordestina brasileira e seguiu viagem rumo a Cingapura e à Malásia, onde teria transferido parte do material para outro navio.
A Delta Tankers nega ter qualquer relação com a tragédia e garante que pode comprovar a regularidade de suas operações. A empresa confirma a rota, mas afirma que em Melaka, na Malásia, descarregou toda a carga embarcada em território venezuelano, "sem qualquer falta". (Agência Brasil)