A comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil secção Ceará (OAB-CE) está orientando pescadores, comerciantes e a população diretamente afetada pelo vazamento de óleo nas praias do Ceará.
"Estamos participando de dois grupos: um reunindo os pescadores e ribeirinhos, e outro mais amplo, com representantes do Governo do Estado e Marinha, por exemplo. A intenção é buscar maneiras de amenizar as perdas materiais e ambientais sofridas por essas pessoas e como elas podem requerer na Justiça uma reparação por uma parte desses prejuízos", destaca João Alfredo Telles, presidente da comissão.
Um estudo para especificar quais os impactos ambientais e na atividade humana está sendo elaborado pela professora Vanda Claudino, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e deverá embasar as petições. "Estamos estudando a extensão dos impactos no ecossistema e também na economia, já que a contaminação afeta a principal atividade dessas pessoas, que é a pesca. Também estabelecemos parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para avaliar o impacto do óleo na saúde delas, pois o material é altamente tóxico e pode causar doenças graves", completa.
As reuniões da comissão estão sendo realizadas às segundas-feiras na Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza, na rua Rodrigues Júnior, no Centro. (Flávia Oliveira)