Além do aumento na expectativa de vida, as Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas ontem pelo IBGE, revelam queda na mortalidade infantil entre 2017 e 2018 no Brasil.
A queda da mortalidade de crianças menores de cinco anos de idade foi de 14,9 por mil nascidos vivos em 2017 para 14,4 por mil em 2018. A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino em 2018 não completar o primeiro ano de vida era de 13,3 a cada mil nascimentos. Já para as recém-nascidas, a chance era de 11,4 meninas não completarem o primeiro ano de vida, informou o IBGE.
Veja no gráfico as taxas de mortalidade infantil por estado e a média Brasil, comparadas às taxas dos países que compõem os Brics. Saiba mais sobre as Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas hoje pelo #IBGE, em https://t.co/smX6UDVFyV pic.twitter.com/Dlk7vJCyfT
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) November 28, 2019
"Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,5% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,5% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade", diz a nota divulgada pelo instituto.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), preveem como meta para todos os países a redução, até 2030, da taxa de mortalidade infantil até cinco anos para no máximo 25 por mil nascidos vivos.
Conforme um relatório da Unicef divulgado em setembro, na Argentina, a taxa ficou em 9,9 em 2018, ante 6,5 nos Estados Unidos, e 5,0 no Canadá e em Cuba. Na Nigéria, na costa oeste da África, a taxa de mortalidade infantil antes dos cinco anos é de 119,9 por mil nascidos vivos.
A mortalidade infantil no Brasil teve uma forte queda desde 1940 - o IBGE usa 1940 como parâmetro porque foi a partir dali que foi verificada uma primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda nas taxas de mortalidade. Naquele ano, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%. A mortalidade infantil, no grupo de zero a um ano de idade, apresentou declínio da ordem de 91,6%, passando de 146,6 por mil em 1940 para 12,4 por mil em 2018.
Segundo o IBGE, a queda na mortalidade infantil está relacionada com a melhoria nas condições sanitárias. "As crianças na faixa etária de 0 a 5 anos são muito sensíveis às condições sanitárias, que no passado eram extremamente precárias. A distribuição dos óbitos das crianças menores de 5 anos está em conformidade com as que ocorrem nas regiões mais desenvolvidas, com a concentração dos óbitos antes do primeiro ano de vida da criança", diz a nota do IBGE. (Agência Estado)