Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) destacou os esforços para atender as demandas do ensino inclusivo. O órgão pontuou o trabalho estratégico de 179 professores no Atendimento Educacional Especializado (AEE), distribuídos em escolas polos com vistas para receber e responder aos distritos educacionais. Um dos dados utilizados pela gestão municipal é o incremento no número de profissionais de apoio. Em 2015, o quadro contabilizava 15 pessoas. Em 2020, são 330 disponíveis na Rede.

De acordo com Vivian Almada, supervisora do Núcleo de Educação Inclusiva e Diversidade da SME, o profissional do AEE orienta pais, professores e diretores para o trato com os estudantes com deficiência. "Além de preparar plano específico para cada aluno e desenvolver estratégias pedagógicas para superar as dificuldade e estar na escola comum".

Segundo ela, os responsáveis pelo estudante decidem se ele receberá ou não o acompanhamento especializado no contraturno na própria escola ou em instituições de ensino parceiras. A gestora destaca que o atendimento trabalha de forma complementar ou suplementar em cima das dificuldades ou potencialidades do alunato.

"Qualquer dificuldade, a criança pode procurar o Distrito. A gente tem uma equipe que faz acompanhamento contínuo, para resolvermos e fazer as intervenções necessárias. É importante que a família se sinta acolhida e que pode contar com a Secretaria", destacou.

De acordo com a Defensoria Pública Geral do Estado, o núcleo de Direitos Humanos recebeu 31 pedidos de acompanhamento exclusivo em 2019. No ano anterior, foram 18. Conforme a titular do Núcleo Mariana Lobo, a prefeitura tem se empenhado em resolver as demandas administrativamente. Não sendo preciso judicializar a ação.

Mariana acrescenta que há uma ação civil pública tramitando em segredo de Justiça sobre atendimento exclusivo em escolas públicas de Fortaleza desde 2018 na Vara da Infância e Juventude.