Sem saber ao certo como as obras da avenida Desembargador Moreira irão afetar o cotidiano, pessoas que trabalham na região temem que as mudanças diminuam o fluxo. É o caso da gerente de um comércio local, que preferiu não se identificar. Ao O POVO, ela contou que a Prefeitura organizou reuniões com proprietários de estabelecimentos, mas as informações ainda não chegaram para todos os funcionários.

A preocupação da gerente é também em relação à estrutura viária, o fluxo de ônibus e localização das paradas. Moradora do bairro Conjunto Ceará, ela disse que gostaria de uma parada mais próxima ao local de trabalho, já que precisa chegar cedo e às vezes trabalha nos fins de semana e feriados. "Quem pega ônibus é quem sabe", desabafa.

Reginaldo Peixoto, que trabalha há oito anos em uma lanchonete na avenida, teme prejuízos. À princípio, ele não gostou do projeto, pois pensava que os ônibus não passariam mais na avenida, o que dificultaria a chegada dos clientes que utilizam o transporte coletivo. "Depois fiquei sabendo que se reuniram lá e acharam melhor 'cortar' só o lado dos ônibus que estão subindo", disse.

Hoje, a ideia até agrada Reginaldo, que não conseguiu aparecer nas reuniões, mas gostaria de conhecer melhor o projeto. "Gostaria que alguém da Prefeitura passasse explicando essa obra", sugere. Sua esperança é que as mudanças possam favoreçam o comércio, que vem enfrentando dificuldades há quatro anos. (Catalina Leite e Gabriela Feitosa)