No dia 22 de janeiro deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez a última revista nas praias do Ceará e constatou que em 45 comunidades não foi observado a presença do petróleo cru. No entanto, segundo o próprio órgão, alterações em fatores como o fluxo das correntes marinhas podem fazer a macha tóxica de óleo se deslocar e reaparecer em localidades já atingidas e em novos pontos.
Até agora, quase seis meses depois do desastre ambiental no litoral do Nordeste e Sudeste, a Marinha do Brasil e a Polícia Federal não conseguiram detectar quem são os culpados pelo derramamento de toneladas de petróleo cru.
O primeiro registro da poluição vem da Paraíba, em 30 de agosto do ano passado. Foram encontradas pelotas do petróleo nas praias de Tambaba e Gramame, no município de Conde e na Praia Bela, em Pitimbu.
As manchas atingiram os nove estados do Nordeste, além de Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo o mapa do Ibama, até hoje, são pelo menos 1004 localidades afetadas em 130 municípios afetados. Desses lugares, 434 ainda apresentam fragmentos da substância e 569 são consideradas "limpas".