Enquanto o líder da missão internacional conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da China contra o coronavírus, Bruce Aylward, disse ontem que a infecção pelo vírus no país asiático está desacelerando, o temor aumenta em países como Irã, Japão, Itália, Coreia do Sul, e com a confirmação de casos na Suíça, Croácia, Espanha e Áustria. E ainda que a situação chinesa esteja mostrando uma certa melhora, a Organização Mundial de Saúde (OMS) teme uma pandemia.

Com 15 mortes pelo novo coronavírus, o Irã já é o segundo país com mais mortes no surto, depois da China, que registra mais de 2,5 mil óbitos. O vice-ministro da Saúde iraniano, Iraj Harirsh, é um dos diagnosticados com a doença. Países vizinhos, como os Emirados Árabes, a Turquia e a Armênia, já anunciaram suspensão de voos para o Irã, que tem sido cobrado por mais transparência para divulgar informações sobre o alcance do surto.

Nos Estados Unidos, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que o coronavírus está contido no país e por isso não vê possibilidade de impactos na cadeia produtiva.

A tensão pelo Covid-19 continua causando consequência no mundo dos esportes. A Associação de Futebol do Japão anunciou a suspensão de todas as partidas oficiais de futebol no país até o dia 15 de março. E a Federação Internacional de Tênis de Mesa adiou o Mundial, na Coreia do Sul, de março para o fim de junho deste ano.

O balanço da epidemia é de 2.705 mortos no mundo e mais de 80 mil infectados, em 30 países. São 2.665 mortos na China, e vítimas fatais no Irã, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan. (Com AFP)