Diminuiu para 14, nesta quarta-feira, 4, o número de casos suspeitos de coronavírus em investigação no Ceará. Outros 18 casos já foram descartados no Estado. De acordo com o boletim diário da Secretaria da Saúde (Sesa), Jijoca de Jericoacoara tem dois casos em investigação, Eusébio, um, e Fortaleza, 11. Todos os pacientes tiveram histórico de deslocamento internacional para locais com transmissão da doença.
Ontem, o terceiro caso de coronavírus foi confirmado pelo Ministério da Saúde. O paciente é um administrador de empresas colombiano de 46 anos que vive na cidade de São Paulo e que viajou ao exterior ao longo do mês de fevereiro. Ele viajou para a Espanha no dia 9 de fevereiro e desde então passou pela Itália, Áustria e Alemanha, antes de retornar à capital paulista no dia 29 de fevereiro. Com tosse, dor de garganta e cabeça, ele procurou o Hospital Israelita Albert Einstein, onde o teste foi realizado e a confirmação ocorreu.
O ministério informou também que monitora 531 casos considerados suspeitos. Outros 314 casos já foram descartados. A pasta acrescentou que a lista de países monitorados chegou a 31. Os Estados com mais casos suspeitos são São Paulo (135), Rio Grande do Sul (98), Minas Gerais (82) e Rio de Janeiro (55), segundo dados compilados até 17h15.
Uma adolescente de 13 anos pode ser o quarto caso de coronavírus. Ela esteve em Milão, na Itália, no dia 22 de fevereiro. Na região das Dolomitas, nos Alpes Italianos, ela se submeteu a uma cirurgia no joelho em um hospital local. Mesmo sem apresentar sintomas, quando regressou ela foi testada em São Paulo, onde um laboratório privado confirmou o caso. Até fechamento desta matéria, não havia sido divulgado o resultado da contraprova feita pelo Instituto Adolf Lutz.
Os outros dois casos confirmados no Brasil anteriormente também foram de pessoas que tinham viajado à Itália, onde o surto está avançando rapidamente. Os três casos confirmados e a jovem monitorada estão em isolamento domiciliar, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Nos dois primeiros pacientes, não há relato de problemas de saúde ou complicações decorrentes da doença nem foram registrados sinais e sintomas nas pessoas que convivem com eles
Apesar do caso suspeito assintomático, Mandetta afirmou que a rede pública seguirá avaliando para novo coronavírus apenas pessoas que têm sinais da doença. "Ela fez uma coleta fora da curva. Para saúde pública, a gente continua somente com casos suspeitos quem tem sintoma. A gente não vai fazer exame, uma loteria, com todo mundo que chega para ver se tem a doença", afirmou o ministro. (com Agência Estado)