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PF ainda faz buscas por alvos da operação Reino de Aragão
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PF ainda faz buscas por alvos da operação Reino de Aragão

31 prisões preventivas
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Ao todo, 34 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) no âmbito da operação Reino de Aragão, por crimes como integrar organização criminosa e tráfico de drogas. A PF ainda pediu a prisão preventiva de 31 deles, o que foi aceito pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas. "Quanto aos mandados de prisão remanescentes da Operação Reino de Aragão, ainda estão sendo executadas diligências para localização e prisão de vários alvos", disse, em nota, a PF, que não divulgou os nomes de presos e foragidos. A investigação ainda não havia conseguido qualificar, apenas por apelidos, nove dos acusados quando apresentou à Justiça relatório final do inquérito, em 27 de dezembro último.

Alguns dos alvos da operação já estavam presos, a exemplo de Ednal Braz da Silva, o Siciliano; e Sueliton Borges de Sousa, o "Rei da Colômbia", ambos apontados como chefes da GDE. Nenhum dos presos ao qual O POVO teve acesso ao depoimento confessou participação na Guardiões do Estado (GDE). José Liones da Silva Souza, por exemplo, declarou que apenas prestou serviço de "corre" para a GDE entre 2018 e 2019. A advogada Elisângela Maria Mororó, que também estava presa, acusada, entre outros, de tráfico de drogas, preferiu ficar em silêncio. Francisco Leonardo Paulino Gomes, por sua vez, afirmou não fazer parte de facção e trabalhar entregando pizzas.

A PF ainda requereu à Justiça a liberdade de um homem, para quem, anteriormente, havia pedido a prisão. "Ao cumprir o mandado de prisão, a equipe percebeu que poderia estar havendo um equívoco de interpretação, já que a personalidade (do acusado) parecia não condizer com a pessoa que teria participado dos ataques". Em seguida, o nome dele foi substituído pelo de Isaias Sousa Madureira.

A Justiça deferiu ainda o pedido de bloqueio de 52 contas bancárias ligadas à facção. Por meio de nota, o Ministério Público Estadual (MPCE) afirmou já ter ofertado a denúncia à Justiça, mantendo o pedido de prisão para os denunciados. O POVO pediu ao Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) informações sobre o atual andamento do processo, mas foi informado que no sistema de consulta processual consta como "nenhum registro encontrado ou há registro(s) com restrições de publicidade". O caso corre em segredo de Justiça.

 

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