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Polícia Civil indicia namorado por feminicídio de Jamile de Oliveira
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Polícia Civil indicia namorado por feminicídio de Jamile de Oliveira

Polícia anunciou ontem fim das investigações e envio do inquérito à Justiça. O advogado Aldemir Pessoa Júnior foi indiciado por quatro crimes
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Empresária morreu no IJF após ser baleada (Foto: Arquivo Familiar)
Foto: Arquivo Familiar Empresária morreu no IJF após ser baleada

A Polícia Civil anunciou nesta terça-feira, 17, ter concluído as investigações sobre a morte da empresária Jamile de Oliveira Correa, ocorrida em 31 de agosto último. O seu então namorado, o advogado Aldemir Pessoa Júnior, foi indiciado pelos crimes de feminicídio, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e ceder arma sem autorização e em desacordo com determinação legal.

 "As provas colhidas no decorrer da investigação (laudos periciais, vídeos, depoimentos, documentos e reconstituição do crime) apresentaram indícios suficientes de materialidade e autoria dos crimes", afirmou em nota a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Apesar disso, a Polícia não pediu a prisão de Aldemir. Foi representado pela medida cautelar de monitoração eletrônica do suspeito. O inquérito policial foi enviado à Justiça e aguarda posicionamento do Ministério Público para oferecimento ou não de denúncia.

A defesa de Aldemir, feita pelo advogado Elson Santana, afirmou que, "por enquanto" não se manifestaria, até por ter analisado o indiciamento na tarde desta terça. Conforme ele, está prevista, "provavelmente", para a próxima semana uma entrevista coletiva com esse posicionamento. Santana, no entanto, criticou como "totalmente descabido" o pedido de monitoramento eletrônico feito pela Polícia. "Ele já vem cumprindo medida cautelar, prestando todas as informações ao juiz, não descumpriu nenhuma das medidas. Acredito eu que a Justiça possa até revogar as medidas já existentes".

Para a defesa de Aldemir, o caso se trata de suicídio. Em depoimento, ele afirmou que, na noite do dia 29, o casal teve uma discussão e Jamile se trancou no closet, com a arma que o empresário mantinha. Ele teria conseguido abrir a porta do compartimento e passado a tentar tomar a arma da mão de Jamile, momento em que teria ocorrido o disparo. Jamile foi levada ao Instituto Dr. José Frota (IJF) na madrugada do dia 30 e faleceu na manhã do dia 31.

Durante as investigações, a Polícia apreendeu imagens que indicam que Jamile foi agredida ainda no carro em que os dois chegaram ao apartamento. Em seguida, câmeras mostram Jamile com uma marca roxa no olho. Após levar Jamile ao hospital, Aldemir teria voltado ao apartamento e limpado o local. A Polícia já havia pedido a prisão de Aldemir em setembro, o que foi negado pela Justiça.

 

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