O promotor de Justiça Hugo Porto, integrante do Grupo Especial de Combate à Pandemia no âmbito do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), explica que o MPCE está atuando em articulação com o Ministério Público Federal (MPF). A preocupação é tanto com questões sanitárias quanto humanitárias. "Segurança alimentar é um dos temas que nos preocupa. E nós, junto com as prefeituras e com o Governo do Estado, procuramos caminhos também para a sustentação das vidas de todas as comunidades", afirma.

A Funai afirmou ao O POVO, por e-mail, que está articulando a aquisição e distribuição de cestas básicas a indígenas em situação de vulnerabilidade. "O objetivo é garantir a segurança alimentar dessas populações em meio à pandemia. Até que o pico da doença diminua, não é recomendado aos indígenas deixar as aldeias."

Na articulação, o órgão dará apoio logístico e intermediação. No Ceará, a Funai conta com a Coordenação Regional de Nordeste II e as Coordenações Técnicas Locais Itarema e Crateús. "As unidades regionais já estão em contato com representantes do poder público local a fim de operacionalizar a distribuição dos alimentos. Além disso, a fundação está fazendo um estudo detalhado da necessidade de orçamento adicional", finaliza.

Em nota, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos afirma que está adquirindo cestas básicas que serão entregues tanto a indígenas quanto a outros grupos. "Na última semana, em uma articulação com o programa Mesa Brasil e o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, houve a doação de duas toneladas de alimentos, além de itens de vestuário, higiene pessoal e material de limpeza, às famílias dessas mesmas etnias", complementa. (Gabriela Custódio)