Sempre que paro para pensar em nossa Fortaleza, flagro-me espelhado em alguém que ama profundamente a cidade em que nasceu. Não sei nem se não parece piegas dizer que não me identificaria natural de nenhuma outra cidade do mundo, porque me identifico profundamente com tudo o que vejo em nossa Capital.

É assim mesmo e nem me preocupo de que assim seja percebido. Desde as minhas mais remotas memórias afetivas de adolescente atravessando a Santos Dumont, indo de casa para o colégio e do colégio pra casa, até as visitas do adulto gestor na atualidade, indo aos mais distantes bairros do nosso território, tudo me enternece a alma e me faz gostar ainda mais de Fortaleza.

Como aprendi a respirar e a consumir a inspiração que essa Cidade nos dá de forma tão pródiga. Como me torno renovado na paixão por Fortaleza a todo e qualquer momento.

Não nego, hoje estou com saudade do exercício que me habituei a fazer todo fim de semana, durante as caminhadas e corridas no Parque do Cocó, perto de casa, e que me estão impossíveis de serem feitas por conta do isolamento social. Mas será por pouco tempo e, logo mais, volto a percorrer a Cidade e o contato com o cidadão, exercendo o olhar sintonizado na obsessão do cuidador que quer entregar uma Fortaleza cada vez melhor para a nossa gente.

Daqui a pouco, estaremos ouvindo de novo a fala sincera do cidadão que igualmente ama a nossa Cidade e nos referencia sobre as reais necessidades do nosso povo. Essa é a pior parte que o isolamento nos impõe: a restrição no cotidiano contato com a nossa gente, com todos e qualquer um nos mais diversos rincões da nossa Cidade.

Mas permaneçamos vigilantes porque sairemos mais fortes e apaixonados pelo ofício de ser fortalezense. Tanto pelos que aqui nascidos como pelos que para cá acorreram.

Depois disso tudo, teremos olhares ainda mais cativantes, declarações ainda mais apaixonadas por Fortaleza, caminhadas ainda mais gratificantes e conversas ainda mais festivas com nossos conterrâneos. Somos e seremos, sempre, a Fortaleza da resiliência, da sua própria reinvenção na adversidade e da amorosidade farta.

Saberemos ser gratos pelos ensinamentos que essa crise nos trouxe, retribuindo com mais dedicação ao outro em tudo de bom que soubermos gerar.

Vamos correr de novo no Cocó, vamos compartilhar novamente a bicicleta e o equipamento de ginástica na praça do bairro. Vamos voltar mais firmes e mais fortes em nossas conexões em família e com nossa cidade.

Em nossos 294 anos de Fortaleza, aqui estamos repletos de históricos atos de bravura e superação de nossa gente ao longo dos anos e, hoje, mais uma vez, estamos escrevendo um capítulo que ajuda na construção dessa jovem senhora do mundo, refletindo modernidade e inovação em políticas públicas combinadas com a genuína garra de ser cearense, orgulhosamente moradores de uma linda fortaleza desposada do sol.Assim que passar essa nuvem que meio que ofusca o eterno brilho da nossa costa, vamos voltar a confraternizar com todos e cada um a alegria de sermos fortalezenses.

Porque fortalezense não é simplesmente um gentílico, é uma belíssima forma de ver e viver a vida!!!