A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Fortaleza é de 88,05%. O índice é o menor em 23 dias. Dado inferior foi registrado no dia 9 de maio, quando a taxa de ocupação de leitos de internação de alta complexidade chegou a 79,15% na Capital, conforme dados da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), extraídos ontem, 1º. Apesar da diminuição da ocupação, a redução nos leitos de UTI não tem acontecido de forma sustentada nas últimas semanas — um dos critérios apontados pelo Dr. Cabeto, titular da Sesa, para o início da fase 1 de flexibilização do isolamento social.
Há uma semana, dia 25, a ocupação das UTIs chegou próximo à taxa atual, com 88,8%. Posteriormente, o índice voltou a crescer. O número foi a 91,91% no dia seguinte e a 92,28% no dia 28. A ocupação de UTIs para adultos, que compõem a maior demanda de atendimento intensivo, é de 90,65%. A ocupação de leitos de enfermaria é de 72,19%. Essa é a menor taxa de ocupação de unidades do tipo desde o dia 29 de abril, início do acompanhamento de internações no IntegraSUS.
Considerando a estrutura de internação do Estado, a taxa de ocupação de UTIs é de 86,3%. O Ceará registrou 50.504 casos e 3.188 mortes por Covid-19, até última atualização de casos na plataforma ontem, às 14h53min. Balanço desta segunda aponta ainda que 33.293 pessoas já se recuperaram da doença no Estado e 53.341 casos seguem em investigação. Fortaleza é o município com o maior número de confirmações da infecção e epicentro da pandemia no Estado, com 24.104 casos confirmados e 2.084 mortes.
Ontem, foi iniciado processo de transição da reabertura comercial na Capital que deve seguir até o próximo dia 7. Ao longo desta semana, governo avaliará se os "pontos de gatilho" para a entrada na próxima fase de flexibilização do isolamento social foram alcançados. São eles, a redução "significativa" por 14 dias subsequentes de óbitos, de internações em UTIs e no número de novos casos da Covid-19.
A partir de hoje, 2, serão realizados 9.900 testes rápidos para diagnóstico da Covid-19 em 39 bairros da Capital. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fará, junto à Sesa, estudo científico sobre o impacto da infecção na Capital. A aplicação será feita em três fases de dez dias, cada.
A partir dos resultados, as pastas vão estimar o percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas, o percentual de fortalezenses com anticorpos para o coronavírus, além de obter cálculos mais precisos da letalidade e velocidade de expansão da infecção.