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71% dos casos de Covid-19 estão recuperados
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71% dos casos de Covid-19 estão recuperados

No Ceará, 53.905 pessoas já estão recuperadas da doença. Desse total, 9,26% foram de pacientes que chegaram a ser internados
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Marta de Morais, 48, recebeu alta hospitalar do hospital de campanha do PV em 1º de maio (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Marta de Morais, 48, recebeu alta hospitalar do hospital de campanha do PV em 1º de maio

Nos últimos meses, histórias de superação de pessoas que foram infectadas com a Covid-19 dão esperança em meio à devastação causada pela pandemia. No Ceará, 53.905 pessoas já estão recuperadas da doença. Isso corresponde a 71% dos cearenses que foram diagnosticados com o novo coronavírus. O Ceará chegou a 75.784 casos confirmados da infecção, conforme dados atualizados às 17h48min de ontem, 12, pela plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

Do total de recuperações, 48.913 (90,74%) constituem "casos confirmados para Covid-19 que evoluíram para cura" e 4.992 (9,26%) foram "casos hospitalizados confirmados que tiveram alta hospitalar ou desfecho de cura". Isso segundo dados alimentados pelo e-uSUS Vigilância Epidemiológica (e-SUS VE) e pelo Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).

Do total de recuperados, pessoas com idade entre 25 e 49 anos são 29%. As pessoas com 60 anos ou mais — faixa etária de risco, que corresponde ao maior número de óbitos — são 21% dos curados da Covid-19. Os casos que evoluíram para a cura são 21.253 (39,4%) de residentes em Fortaleza e 32.653 (60,6%)‬ de outros municípios.

Conforme o infectologista Anastácio Queiroz, professor da Faculdade de Medicina (Famed) da Universidade Federal do Ceará (UFC), a taxa de pessoas recuperadas é boa mas ainda não o suficiente. "A gente fica querendo saber o que acontece com esses 30%. É difícil falar de recuperados no setor público. Quem vai para o setor público, quando melhora, não necessariamente volta. Pode ser melhor. A não ser quando está internado, que tem a alta e fica registrado", pontua.

O médico destaca que, com os aprendizados adquiridos com relação à doença, "hoje, qualquer que seja o local, a possibilidade de recuperação é maior do que em março". O início de intervenção terapêutica precoce é um dos fatores determinantes para a recuperação, principalmente nos casos dos grupos de risco: pessoas com mais de 60 anos ou comorbidades.

Ele explica que o nível de exposição ao vírus também interfere na evolução do quadro clínico. "Uma coisa é se infectar por um contato só, por uma pessoa que tosse uma vez, outra coisa é a exposição durante muitos dias, várias vezes. Principalmente quem trabalha com pessoas muito contaminadas", destaca.

Os sintomas mais recorrentes entre os pacientes hospitalizados com Covid-19 no Ceará são febre (77,3%), tosse (76,1%), dispneia, ou seja, falta de ar, (75,6%), desconforto respiratório (53,7%) e queda da saturação de oxigênio (51,3%). A informação é do boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Sesa na última terça-feira, 9.

Segundo balanço do IntegraSUS, foram registradas 4.812 mortes no Estado. A letalidade, que é a quantidade de pessoas que morreram pela doença em relação à quantidade de infectados por ela, é de 6,3% do Ceará. Foram 1.092 novos casos e 104 óbitos a mais que os totais registrados na última atualização da quinta-feira, 11. Das mortes registradas, 10 ocorreram nas últimas 24 horas. São 53.475 casos que seguem em investigação. Além disso, já chega a 176.082 o número de exames realizados no Estado.

 

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