As denúncias em redes sociais já levaram à demissão de pelo menos 11 professores, coordenadores e estagiários de escolas particulares. Além destes, pelos menos outros dois foram afastados temporariamente. No serviço público, afastamentos e remoções são de competência da Unidade Mantenedora; no caso, a Secretaria da Educação (Seduc).
A pasta afirmou, em nota, que está ciente dos casos e adotará as "providências necessárias para que os fatos sejam apurados dentro da legalidade, seguindo os princípios da responsabilidade e da ética". A Secretaria garante que está à disposição para prestar as informações solicitadas aos órgãos responsáveis pelas investigações e que prestará assistência aos alunos e familiares.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), recebeu denúncias de oito vítimas sobre crimes sexuais envolvendo casos divulgados com a hashtag #exposedfortal. As diligências estão divididas por compartilhamento de material pornográfico sem o consentimento das vítimas e os relatos de crimes envolvendo professores. A SSPDS enfatiza a importância de abrir boletins de ocorrência pois alguns casos só podem ser continuados se houver o registro. Os boletins podem ser registrados no site www.delegaciaeletronica.ce.gov.br/beo/.
Esta semana, deverá ser votado na Assembleia Legislativa do Ceará o projeto de lei nº 431/19, de autoria do deputado Renato Roseno (Psol), que propõe a criação, nas escolas públicas e privadas, de comissões de proteção e prevenção à violência contra a criança e o adolescente. O texto expande a lei estadual nº 13.230, que versa sobre comissões para atendimento, notificação e prevenção à violência doméstica nos colégios. Pela proposta, que tramita desde agosto do ano passado, as comissões deverão desenvolver planos de prevenção às diversas expressões de violência no ambiente escolar; notificar e tomar as medidas cabíveis, tanto do ponto de vista educacional quanto legal; implantar protocolo único de registro; e notificar os casos de suspeita de violência ao Conselho Tutelar. (Colaborou Adriely Viana )