Um dos entraves enfrentados por escolas nesse momento é a indefinição do que, legalmente, deverá ser adotado quando as aulas forem autorizadas, mesmo seguindo as orientações do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE).
"(Se for o caso), teremos que fazer modificações na infraestrutura da escola, comprar, por exemplo, barreiras de acrílico para colocar nas carteiras e mesas. Então, eles deveriam dizer com antecedência para que pudéssemos nos preparar, fazer as compras e viabilizar", afirma Afonso Andrade, diretor do Colégio Afonso Andrade.
O retorno total para as aulas presenciais também foi apontado como uma dificuldade, "mesmo a escola estando adequada, preparada, com a infraestrutura garantida para receber com a máxima segurança os alunos". Isso porque há questões como o contato físico ser "muito intenso" na educação infantil, por exemplo, segundo aponta Thiago Pereira de Andrade, diretor do Colégio Teles.
A necessidade de todos adotarem as novas medidas para prevenir o contágio pelo coronavírus também foi destacada. "Deixamos bem claro que o que fecha a escola não são os decretos, mas o vírus. Então, impor uma nova rotina é o maior desafio. Assegurar que todos sigam o protocolo para que assim, nossos alunos se espelhem em nossas práticas", aponta Antônia Braga, supervisora do Colégio Maria Ester.
Sem especificar data, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc-CE) afirmou, em nota, que as medidas a serem adotadas pelas instituições serão anunciadas por meio de decreto divulgado pelo governador Camilo Santana (PT), em conformidade com a Secretaria da Saúde (Sesa).
“O documento está sendo construído coletivamente com 16 entidades, entre elas o Ministério Público, Sindicato Apeoc, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa, Conselho Estadual de Educação, entre outros. A Seduc participa ainda do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus no Ceará para avaliar as ações de enfrentamento à Covid- 19 no Governo do Ceará”, complementa.