Douglas estava sob os cuidados do Estado para que pudesse receber socioeducação, mas acabou tendo sua vida ceifada. Ele cumpria medida socioeducativa no Centro Socioeducativo Passaré, quando, em 24 de março, foi morto. Cinco adolescentes, colegas de dormitório, foram apontados como os autores do ato. Alguns deles, porém, na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) afirmaram ter sido coagidos a dizer que tinham praticado o ato, informando que apenas um deles tinha a desavença. Douglas foi morto enforcado, com um lençol. Agentes socioeducativos afirmaram à Polícia que os adolescentes passaram a gritar para impedir que se ouvissem os gritos de socorro. Os jovens foram autuados por ato infracional análogo ao crime de homicídio. Em 10 de julho, o MPCE instaurou inquérito civil para apurar "causas, contexto e responsabilidades" pela morte, visando ação civil pública.
Talita Maciel, assessora jurídica do Cedeca-CE, afirma ser inadmissível que um jovem seja morto sob custódia do Estado. Ela destaca que aqueles jovens estão sob vigilância, proteção e zelo estatal. “Ainda que não seja uma ação direta de um agente do Estado no cometimento daquela morte, houve uma omissão do Estado, que tem o dever de proteger aquela vida”.