O POVO buscou ir além dos números e foi atrás de contar as histórias por trás das estatísticas de jovens mortos nos últimos dois anos, entre casos que tiveram grande repercussão e aqueles atropelados pela enxurrada da violência no Estado. O receio, porém, era uma constante. Familiares de jovens mortos em 2019 e 2020 procurados pela reportagem se negaram a falar a respeito. Uma chegou a contar das lembranças, da saudade, da dor, mas, quando perguntada se a história poderia ser publicada, não assentiu. Não via por que da história ser contada, transparecendo temor. Sentimento muito semelhante a outra que se negou a falar com a reportagem. Para outra, a simples menção ao tema fez voltar as lágrimas.O POVO, porém, conversou com quem faz questão de falar, para que seus jovens não caiam no esquecimento. Além disso, buscou em processos judiciais casos que ajudam a ilustrar a mortalidade de adolescentes no Estado.