Um plano gradual de retorno nos postos de saúde teve início em junho e, de acordo com a Secretaria, somente entre os dias 20 e 27 deste mês, foram registrados mais de 59,6 mil agendamentos de consultas. A pasta destaca como mais procurados os serviços de ortopedia, gineco-obstetrícia, neurologia, otorrinolaringologia, oncologia, oftalmologia e urologia. Os exames de eletrocardiograma e mamografia, além das cirurgias de catarata, também estão entre as maiores demandas.
"Todas elas tiveram uma queda (durante os meses) da pandemia, com exceção da oncologia clínica", pontua o coordenador das Redes de Atenção Primária, Rui de Gouveia. "O que aconteceu foi que o Instituto do Câncer passou a oferecer novamente consultas para a rede municipal. Ao mesmo tempo, são consultas que não podem parar porque as pessoas com câncer não podem ficar esperando", explica. De janeiro até a última quinta-feira, foram 17.817 agendamentos para a especialidade.
Os registros da SMS indicam que abril e maio foram os meses com menos marcações para os serviços com maior procura no postos. Foram 4.359 e 4.203, respectivamente. Gineco-obstetrícia, consultas em otorrinolaringologia e cirurgias de catarata chamam atenção nessa queda: as três reduziram em cerca de 90% em abril quando comparadas a março. Além disso, como as demais, já vinham em queda desde janeiro. Na contramão está a oncologia, que teve crescimento expressivo de fevereiro para março, queda em maio e desde então cresce.
O coordenador explica ainda que a oferta geral dos serviços no início do ano tende a ser menor e subir a partir de março. "Isso por causa das disponibilidades dos prestadores. Nesse caso, depois que voltaram foi uma demanda tão expressiva", esclarece. Quanto aos exames, Gouveia explica que mamografia e eletrocardiograma têm alta demanda e atendimento por ser tanto exames de rastreamento quanto de rotina para pacientes em maior risco.