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Darlan era fundador de quadrilha e viveu em fuga
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Darlan era fundador de quadrilha e viveu em fuga

Caucaia
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A trajetória de Alban Darlan Batista Guerra na criminalidade remontava a fugas. Ele era considerado foragido da Justiça desde 2017, tendo contra si mandados de prisão por tráfico e homicídio. Mas, para além disso, era investigado por vários outros crimes, incluindo mais de 10 homicídios — os quais não teria parado de praticar nem quando já era considerado um dos mais procurados do Estado.

Darlan era apontado como fundador do Comando da Laje (CDL), organização criminosa ligada à facção Comando Vermelho (CV), que atua no bairro Padre Júlio Maria, em Caucaia, e teria participação em inúmeros assassinatos. Apesar de ter seu próprio grupo criminoso, era tratado pela Polícia Civil como braço direito de Francisco Cilas de Moura Araújo, o Mago, maior liderança do CV em Caucaia.

Darlan chegou a ser preso em flagrante por tentativa de homicídio, em novembro de 2016. Autuado, porém, apenas por porte ilegal, ele pagou fiança e não permaneceu encarcerado. Pouco tempo depois, voltaria a delinquir: foi acusado de matar José Nilson de Abreu Oliveira, em janeiro de 2017. Em abril, a Polícia tentaria, pela primeira vez, cumprir a ordem de prisão contra Darlan. Ele, no entanto, conseguiu fugir pelos fundos da casa do pai. Era essa a casa que, por causa de sua laje, daria nome à quadrilha. Aquele foi o início de uma série de fugas.

O pai de Darlan é um policial militar da reserva, que já chegou a ser acusado de participar da quadrilha do filho. O subtenente Francisco Eufrásio Guerra forneceria armas para o filho e forneceria a casa que era base da atuação de Darlan, conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE). O órgão chegou a pedir a condenação de pai e filho por tráfico de drogas — caso que ainda não foi julgado. O PM, porém, disse nos autos não saber que o filho tinha envolvimento com o tráfico e ressaltou que, doente (sofreu um AVC), tinha dificuldade de locomoção. Esse mesmo processo, de 2017, listava quatro assassinatos pelos quais Darlan era suspeito até então. Todos esses crimes estavam relacionados "à divisão de território ou cobrança de dívidas de tráfico de drogas", dizia o MP.

Em fevereiro último, Darlan ainda teria matado Francisco José da Silva Barros, no próprio Padre Júlio Maria. A suspeita era de que o crime foi motivado por Francisco José agredir sua irmã, com quem mantinha um relacionamento. A CDL, porém, já na mira da Polícia, havia sofrido vários baques. Entre eles, a prisão de um "gerente" de Darlan, em janeiro: Heldervan Barbosa do Nascimento. (Lucas Barbosa)

 

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