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Pai reclama pelo direito de deixar a filha na creche para trabalhar
Reportagem

Pai reclama pelo direito de deixar a filha na creche para trabalhar

Edição Impressa
Tipo Notícia

"Eu e minha esposa saímos para trabalhar e deixamos minha filha de dois anos com os avós, que são do grupo de risco. Por que essa vida que eu estou vivendo é menos perigosa que a vida que minha filha teria na creche com outras crianças?", questiona o consultor de viagens Carlos Velasso. Para ele, a escola é o único lugar que poderia deixar a filha sem preocupar terceiros.

O pai da criança afirma não ser contra quem não quer deixar que o filho retorne às classes ainda este ano. Mas reclama pelo direito de escolha em levar a filha à instituição onde estuda. "Se a pessoa tem a condição de trabalhar em casa e ficar com o filho, eu acho fantástico. Mas o que eu estou falando é da necessidade de outros."

Carlos entende que as crianças vão ter contato umas com as outras e que não vai existir distanciamento. Mas compara com quem precisa pegar o transporte coletivo todos os dias para ir trabalhar. Apesar da pouca idade, o pai afirma que a filha tem participado dos encontros online. A família, segundo ele, tem se esforçado para cumprir as atividades propostas e manter o compromisso com o desenvolvimento da criança.

"Eu estou pensando no coletivo, na estrutura para que não fique abalada. Na escola pública, o diretor e o professor não estão preocupados se a escola vai falir. Na particular, o medo é de perder o emprego, se próximo ano vai ter trabalho. Eu não tenho verdade absoluta de nada. São apenas algumas reflexões. Eu estou levantando alguns questionamentos", reflete.

 

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