Diante da previsão do retorno do ano letivo no Ceará em setembro, o governo do Ceará anunciou que alunos, professores e demais funcionários de instituições de ensino irão realizar testes de diagnóstico para coronavírus semanalmente. Informação foi dita pelo titular da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), o médico Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto, em entrevista ao O POVO.
O plano de testagem em massa do setor de ensino no Estado ainda está em fase de estruturação, mas o secretário adiantou que cada escola realizará sorteio para definir quem irá integrar a amostragem.
Serão contemplados todos os níveis de ensino tanto da rede pública quanto particular de todas as regiões do Estado que se tornarem aptas ao retorno presencial das aulas. A expectativa é que as próprias instituições funcionem como postos de coleta dos exames.
Os testes distribuídos pelo governo estadual serão do tipo RT-PCR. Por realizar uma análise molecular, este método de diagnóstico é mais assertivo do que os testes rápidos. Os transmissores ativos da doença serão identificados e isolados, a fim de prosseguir a desaceleração da curva de transmissão da Covid-19.
"Quando se usa a busca por anticorpos (método usado nos testes rápidos), você identifica a doença com até 14 dias atrasado". "Nos interessa conhecer a infecção ativa, já que nós temos uma unidade de rebanho bem razoável já alcançada em Fortaleza", explicou o secretário. Maiores informações sobre a segunda fase de pesquisa de soroprevalência, que busca estimar a quantidade de pessoas que detém anticorpos para Covid-19 na Capital serão divulgadas nesta quarta-feira, 5.
Dr. Cabeto frisou que também hoje ocorrerá uma reunião com as Secretarias de Educação do Ceará e de Fortaleza e com representantes da rede privada de ensino para debater a implementação dos testes na rotina escolar após o retorno das atividades. A expectativa é que todos os professores sejam testados ao menos uma semana antes do retorno do ensino presencial.
De início, o secretário mencionou que a pasta já idealizou um protocolo de treinamento que será repassado para todas as instituições de ensino que deverão disponibilizar pessoal para auxiliar na coleta dos exames. Para a população em geral a rede de testagem também será ampliada.