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Representante nacional de catadores cobra remuneração mais justa
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Representante nacional de catadores cobra remuneração mais justa

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Presidente de associação nacional questiona se catadores vivem cenário de escravidão invisível
 (Foto: Fabio Lima)
Foto: Fabio Lima Presidente de associação nacional questiona se catadores vivem cenário de escravidão invisível

Durante a pandemia, a maioria das cooperativas teve de suspender as atividades. A medida gerou queda drástica na renda dos catadores. Para evitar o colapso e reduzir os impacto na vida dos colaboradores, a Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat) junto ao Movimento Nacional dos Catadores (MNCR) e a Unicatadores, criou a Campanha de Solidariedade aos Catadores do Brasil, que tem recebido doações para ajudar os profissionais neste momento de crise.

No Ceará, aproximadamente 400 indivíduos foram beneficiados pela campanha, entre membros de 12 cooperativas e catadores autônomos, em Fortaleza, Tabuleiro do Norte, Russas, Limoeiro do Norte e Quixeré.

"Dentro da indústria da reciclagem, os catadores tanto são os trabalhadores mais essenciais, quanto os que sofreram os piores impactos. Esse momento deve abrir uma reflexão profunda. Será que o trabalho dos catadores não está sendo um trabalho escravo invisível?", questiona Roberto Rocha, presidente da Ancat.

Para o representante, a categoria precisa de um pagamento mais justo pela atividade. "Hoje, por mais que a gente carregue 90% dos materiais para a indústria da logística reversa, os catadores foram os mais afetados. Em média, um catador não ganha mais do que um salário mínimo".

Roberto lembra que o serviço prestado além de benefício público também reflete nas indústrias. "Somos nós quem fazemos a limpeza do meio ambiente e do município e quem alimenta a indústria e pouca vezes somos remunerados por todos esses trabalhos".

 

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