Inicialmente, o retorno de aulas presenciais aconteceria com a entrada na fase 4 de reabertura das atividades, o que aconteceu no dia 20 de julho em Fortaleza. Entretanto, os grupos de trabalho coordenados pelo governo estadual e pela Prefeitura decidiram postergar a volta para a primeira semana de setembro - segundo anunciado em live no último dia 1º. Para o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do Ensino (Sinepe) do Ceará, a reabertura escolar deveria ser imediata, havendo possibilidade de ensino híbrido e da escolha das famílias para o regresso ou não dos alunos.
"Desde início de julho que trabalhamos na elaboração de protocolos, treinamos funcionários, adequamos os espaços físicos e organizamos a volta de forma gradual. Ao mesmo tempo, a gente tem mais possibilidade de controlar a entrada e o cumprimento das medidas de biossegurança que qualquer outro estabelecimento", pondera Andréa Nogueira, presidente do Sinepe-CE. A professora avalia que além de atender a demandas de pais que precisam de um lugar seguro para deixar os filhos enquanto trabalham, o ensino híbrido tem o papel de apoio emocional, manutenção de convívio social e auxílio aos alunos que tem dificuldades para aprender remotamente.
Para ela, os dois meses iniciais de fechamento foram adequados e regulamentação do ensino online, providencial. Todavia, as portas seguem fechadas por mais tempo que o esperado e levantam incertezas. Segundo dados do Sindicato, 180 instituições fecharam e 34% dos profissionais da edução foram demitidos desde o início da pandemia.