Com o registro de 1.576 novos casos de Covid-19 em relação à véspera, o Ceará passou, nesta terça-feira, 18, dos 199 mil infectados pelo coronavírus. Ao todo, são 199.828 confirmações. Os dados, disponibilizados às 20h53min no IntegraSus, plataforma da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), aponta também um total de 8.202 óbitos acumulados.
Foram 30 novas mortes registradas no sistema, em relação às 17h33min da segunda-feira, 17. Porém, segundo as informações da plataforma, foram oito os óbitos que ocorreram nas últimas 24 horas por causa da doença. Desde o início da pandemia, o número de pessoas recuperadas chegou a 170.767, e foram realizados 569.680 exames.
Fortaleza acumula 45.120 dos casos confirmados e 3.758 óbitos em decorrência da Covid-19, o que representa 22,5% e 45,8% do total, respectivamente. Ainda na Capital, 40.893 casos seguem em investigação. Depois da Capital, onde a pandemia teve início no Ceará, os municípios com mais casos são Juazeiro do Norte (12.765), Sobral (10.683), Maracanaú (5.917) e Caucaia (5.411).
Na manhã desta terça-feira, no seminário online "O Futuro da Saúde", realizado pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Ceará (Sindessec), o secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Dr. Cabeto, afirmou que não há indícios de uma segunda onda da pandemia. Ainda assim, o gestor destacou a importância de se continuar evitando aglomerações.
"A minha impressão é que temos uma imunidade de rebanho perto do que é adequado e uma população que provavelmente vamos ter pequenos aumentos ou pequenos surtos, mas não vamos ter a segunda onda como se estava achando anteriormente", afirmou. O termo "imunidade de rebanho" refere-se à porcentagem da população que está imunizada contra uma doença a ponto de proteger também quem não a contraiu ou não foi vacinado.
Também presente no painel, a secretária adjunta da saúde de Fortaleza, Ana Estela Fernandes Leite, destacou que, atualmente, a pandemia está em situação de estabilidade na Capital. De acordo com ela, a Cidade contabiliza, há três semanas, menos de 10 óbitos por dia e média móvel de 1,8 óbitos diários. "Muito diferente do que nós tivemos durante o mês de maio, de mais de 80 óbitos por dia. Então, é uma situação de estabilidade, em queda contínua, lenta, que vai se manter. Mas isso também não quer dizer que nós precisamos relaxar", afirmou.
Questionado sobre a previsão para o retorno das atividades do segmento de eventos no Estado, o secretário pontuou que a ampliação da testagem vai dar mais segurança para a retomada. Ele pontuou que parte da abertura pode ser iniciada em setembro, mas a decisão será tomada com base em discussões do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus. "Nesse momento o importante não é só liberar, é liberar e reconhecer pequenos surtos para fazer isolamentos necessários para não deixar disseminar", afirmou. (Gabriela Custódio)