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Professores da rede pública apontam insegurança e cogitam greve
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Professores da rede pública apontam insegurança e cogitam greve

Mobilização.
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Após reuniões na última semana com filiados em todo o estado do Ceará, o Sindicato dos Servidores Públicos Lotados nas Secretarias de Educação e de Cultura do Estado do Ceará e nas Secretarias ou Departamentos de Educação (Apeoc) apresentou ontem as deliberações à Secretaria da Educação do Estado (Seduc), com posição contrária ao retorno às aulas presenciais neste momento mesmo que os profissionais sejam convocados.

O presidente da Apeoc, Reginaldo Pinheiro, defendeu o investimento na infraestrutura das escolas, melhorias para alunos e professores no ensino remoto e continuidade da suspensão das aulas presenciais até que o cenário epidemiológico garanta segurança..

"Nós queremos voltar. Sabemos das dificuldades do ensino remoto, mas não pode ser de qualquer forma. Não podemos arriscar porque se trata de vida. Para isso ocorrer, tem de ser com segurança sanitária", comentou Reginaldo.

Na segunda-feira, 31, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) aprovou indicativo de greve dos professores municipais caso aulas presenciais retornem em Fortaleza. A medida foi aprovada durante votação em assembleia. A liberação do Governo para aulas em creches e em instituições da educação infantil privada mobilizou os profissionais.

Em julho, a jornalista Sara Rebeca Aguiar, mãe do Lucas, 5, e do Gabriel, 8, estudantes da Escola Municipal Madre Teresa de Calcutá, foi consultada sobre a possibilidade de retorno em setembro. Desde então, não foi mais ouvida. À época, o posicionamento já era contrário. A situação fica mais complicada pelo fato de o pai das crianças ser hipertenso.

"Eu me sinto muitíssimo insegura. A estrutura da nossa escola é muito pequena. Nós estamos passando por reforma, o que agrava mais o problema. A gente tem restrição de espaço. Imagina uma escola que não tem parque infantil, não tem área verde, que não tem refeitório adequado, uma escola quente. As salas são inadequadas, de frente pro sol. Já compromete a saúde do professor, imagina numa situação dessa?", questiona Sara. (Ítalo Cosme)

 

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