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Possibilidade de aula presencial na rede pública gera clima de insegurança entre professores
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Possibilidade de aula presencial na rede pública gera clima de insegurança entre professores

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ESCOLAS MUNICIPAIS são adaptadas mesmo sem data de retorno definida (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira ESCOLAS MUNICIPAIS são adaptadas mesmo sem data de retorno definida

A Frente de Educadores Antifascistas e Antirracistas do Ceará divulgou no começo do mês levantamento feito com 323 profissionais da educação de 45 municípios cearenses. 49% dos respondentes da pesquisa afirmaram que as escolas onde trabalham já sinalizaram intenção de retorno ao ensino presencial. Porém, 93,5% dos participantes da pesquisa se mostraram contrários ao retorno às classes em meio à pandemia.

Professor de História em uma escola profissional no município de Cedro, na região centro-sul do Ceará, Daniel de Araújo se diz inseguro devido à falta de estrutura da escola. Ele cita que há um bebedouro, por exemplo, para suprir 400 alunos. Além do tamanho dos espaços serem mínimos e não conseguirem garantir o distanciamento social.

"Não tem como pensar a educação se for de um jeito ou de outro. Ou é uma coisa ou outra. Não tem como ser duas coisas. O ensino remoto não é a melhor forma, mas é melhor que o ensino presencial", avalia.

De Juazeiro do Norte, no Cariri, o professor estadual Gabriel Soares explica que pelo fato de uma segunda onda de novos casos e mortes devido à Covid-19 não ter sido descartada aumentam as incertezas e justifica o posicionamento contrário dos professores ao retorno presencial das aulas.

Dos professores que participaram da consulta, 70,9% também apontaram estar sofrendo com ansiedade no contexto pandêmico, e 76,2% avaliaram que, com a adoção do ensino híbrido, a carga de trabalho irá aumentar.

 

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