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Para não naturalizar a crueldade
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Para não naturalizar a crueldade

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Apesar de ter acontecido há algumas décadas, os horrores do Holocausto parece ter se dissipado para muitas pessoas e, em alguns casos, até virado motivo de brincadeira. Na semana passada, jovens usaram o aplicativo Tik Tok para promover o “Desafio do Holocausto”, que consistia que a pessoa fingisse ser vítima dos campos de concentração. Para dar maior veracidade, o tiktoker poderia usar maquiagem simulando machucados e hematomas, assim como usar amigos para figurar como cadáveres.

No últimos anos, também surgiram brincadeiras de figuras públicas, como o caso de um técnico de basquete paulistano que postou foto vestido de Hitler e a de um deputado estadual cearense que publicou imagens fazendo o gesto de saudação nazista, ato que foi justificado posteriormente como tendo sido tirado de contexto.

“As pessoas que se incomodam com esses tipos de brincadeira de mau gosto não estão sendo exageradas. A filósofa Hannah Arendt escreveu sobre o que ela chamou de ‘banalidade do mal’, ou seja, a importância de não naturalizarmos as crueldades”, afirma o historiador Gleudson Passos. “O Holocausto foi o extermínio do diferente. Matou não só judeus, mas também homossexuais, negros e pessoas contrárias ao nazismo. A juventude não deve brincar com algo que foi tão prejudicial à humanidade e sim, utilizar o conhecimento da história para combater qualquer tipo de desinformação”, acrescenta.

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