Logo O POVO+
Pacientes recuperados contam sua luta contra a doença
CIDADES

Pacientes recuperados contam sua luta contra a doença

Relatos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por

Aos 71 anos, Margarida Lucena foi uma das mais de 27 mil idosas cearenses que contraíram o Sars-Cov-2. Moradora do Conjunto Ceará, ela conta que tinha diminuído a frequência de sair de casa e suas duas filhas traziam as compras, todas higienizadas. "Eu não sei como é que esse bichinho me pegou, porque eu estava bem dizer presa em casa", relata.

"Eu gripei e dessa gripe fiquei cansada. Não perdi o olfato, nem o paladar. Só tossia e sentia muito cansaço", lembra. Entre 18 de maio e 9 de junho, ela precisou ficar internada. "O tratamento foi maravilhoso, os médicos e enfermeiros foram uns anjos; mas o isolamento é horrível", assegura.

Depois de 23 dias hospitalizada e de "muito remédio", Margarida voltou para casa e passou dois meses de resguardo, como diz. "Agora ainda estou com as pernas e os braços que não são mais meus e o cabelo está caindo", conta sobre consequências da doença. "Mas graças a Deus eu estou viva."

Morador de Acarape, José Milton Martins, 60 anos, foi infectado pelo novo coronavírus em maio. "Aqui na cidade teve muita gente doente, mas eu não tive contato próximo com ninguém. Tive o maior cuidado", relata. "Meu filho é médico e recomendou que eu só fosse ao hospital se estivesse cansado. Mas eu não cansei. Fiquei mesmo em casa tomando alguns remédios e vitaminas."

Ele conta que passou quinze dia sentindo dor de cabeça constante, febre e dores no corpo. "Fiquei sem sentir cheiro nem gosto", acrescenta. "Eu não dormia. Passei de quatro a cinco dias sem dormir, pensando que ia morrer." Sem apetite, Milton emagreceu dez quilos no período. Para ele, "o problema é porque a gente não acredita, só acredita quando pega".

 

O que você achou desse conteúdo?