O ano letivo de 2021 para quem estuda na rede municipal de Fortaleza começa em 28 de janeiro. A última aula de 2020 está prevista para 24 de dezembro. Conforme a Secretaria Municipal de Educação (SME), ainda não está definido o retorno das aulas presenciais. Por isso, até o momento, estão mantidas as atividades remotas.
"Ressalta-se que, mesmo sem a definição do retorno das aulas presenciais, a SME vem trabalhando ao longo de 2020 e possui um protocolo de segurança definido dentro do plano de retomada, que leva em consideração a infraestrutura das unidades, aspectos pedagógicos, provimento escolar e gestão", destacou o órgão em nota enviada ao O POVO.
A Pasta garante que "a infraestrutura das unidades escolares já foi organizada com todas as intervenções necessárias". Afirma ainda que a gestão municipal segue adquirindo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para alunos e profissionais de educação.
"Ao tempo em que houver o indicativo da data de retorno das aulas presenciais, a SME convocará o Comitê Municipal para discutir e encaminhar as demais providências relacionadas ao contexto de retomada, tendo como foco sempre a segurança sanitária, assim como o apoio e suporte aos alunos, professores e famílias."
Para fortalecer o ensino remoto, a SME pretende disponibilizar cerca de 242 mil chips com pacote de dados. Além disso, estudantes do 9º Ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) IV devem receber cerca de 21 mil tablets.
Na rede particular, o presidente do Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (Sinepe-CE), Airton Oliveira, afirma que o retorno deve ser em 12 de janeiro com o modelo híbrido, que combina aulas remotas e presenciais. A data foi aprovada em assembleia do Sindicato.
"Com o início das aulas de 2021, os protocolos serão rigorosamente cumpridos. Nós, do Sinepe, temos orientado as escolas a seguirem qualquer novidade que ocorra de mudança para a comunidade escolar". No entanto, Airton defende que as regras sejam distintas nos municípios, considerando a realidade local. "Cada prefeito com a secretaria municipal, com suporte da Secretaria Estadual, deve definir os próprios decretos".
O representante demonstra ainda preocupação com a demora para reabertura das escolas para aulas presenciais no Brasil. Para ele, o fechamento das instituições tem agravado ainda mais o cenário de desemprego que assola o País. "Não é só prejuízo para as instituições. Muitas delas já encerraram suas atividades. Há também um um déficit altíssimo das escolas nos seus compromissos".