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Camilo anuncia expectativa de que vacinação comece no Ceará em fevereiro
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Camilo anuncia expectativa de que vacinação comece no Ceará em fevereiro

|COVID-19| O Estado deverá receber 1,7 milhão de doses da vacina no primeiro semestre de 2021 prioritariamente para profissionais de saúde, pessoas idosas e com comorbidades
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VACINAÇÃO contra o novo coronavírus deve começar no Brasil no início de 2021 (Foto: AFP)
Foto: AFP VACINAÇÃO contra o novo coronavírus deve começar no Brasil no início de 2021

O Ceará deverá receber 1,7 milhão de doses da vacina contra o novo coronavírus ainda no primeiro semestre de 2021. A informação é do governador do Estado, Camilo Santana (PT), após apresentação do plano de vacinação pelo Governo Federal na manhã de ontem, 16, em Brasília.

O ministro da Saúde,Eduardo Pazuello, por sua vez, informou que o início da vacinação no Brasil seria no dia 21 de janeiro. A informação foi dada pelo governador do Piauí, Wellington Dias. A declaração de Dias ocorreu ontem, 16, após reunião de Pazuello com governadores, logo após apresentação do plano nacional de vacinação em cerimônia no Palácio do Planalto.

De acordo com Camilo, a expectativa é de que a vacinação comece em fevereiro e que as primeiras pessoas a serem imunizadas no Ceará sejam os profissionais da saúde "porque estão na linha de frente no enfrentamento à Covid-19". "A expectativa é que a gente já possa no mês de fevereiro iniciar essa vacinação, prioritariamente com os profissionais de saúde, pessoas idosas e com comorbidades. Há uma previsão de no primeiro semestre o Ceará receber 1,7 milhão doses", disse o governador.

Em seguida, o plano deve contemplar a vacinação de pessoas de grupos prioritários, como população indígena, professores, trabalhadores das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade. Cada grupo será vacinado por etapas. A meta do Governo do Ceará é vacinar 95% dos grupos prioritários, totalizando 1.794.076 pessoas.

Conforme explica Camilo, o Ceará já se organiza para não enfrentar problemas de logística da produção e aplicação da vacina. "Mesmo o Ministério tendo informado que está comprando 300 milhões de seringas e agulhas, nós também estamos comprando seringas, agulhas e refrigeradores para guardar as vacinas, porque, a partir do momento que o Estado as recebe, é responsabilidade nossa fazer toda a logística de distribuição para a população cearense", informou o governador.

Nas redes sociais, Camilo Santana defendeu a necessidade da união para que a vacina seja disponibilizada o mais rápido possível. "A vacina é o caminho mais rápido e seguro para superarmos a pandemia de forma definitiva, e não medirei esforços para que isso ocorra o mais breve. Insisto que qualquer divergência, política ou ideológica, deve ser superada em prol do bem maior, que é a saúde da população", escreveu.

O Ceará chegou a 320.685 casos confirmados e 9.875 mortes pela Covid-19 ontem. Os números da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), foram atualizados às 16h44min. O montante representa um aumento de 396 casos da doença registrados desde o boletim, divulgado na terça. Segundo a Sesa, 2 óbitos ocorreram em decorrência da doença nas últimas 24 horas.(Sara Oliveira e Everton Lacerda. Colaborou Mateus Facundo)

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Sesa testará profissionais da rede hoteleira

Em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (Abih), a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizará testagem para Covid-19 na rede hoteleira. A princípio, serão testados cerca de 2.400 trabalhadores cadastrados junto à Abih, na plataforma Saúde Digital. Os exames serão agendados pelo site e realizados no Hotel Praia Centro (avenida Monsenhor Tabosa, 740, Praia de Iracema), no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Ministério apresenta plano de vacinação contra Covid-19

Atual ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello entregou ao presidente Jair Bolsonaro o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. A cerimônia foi na manhã de ontem, 16, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em seu discurso, o ministro disse que era necessário "se orgulhar" da capacidade do País em lidar com saúde pública. Defendeu que "o povo brasileiro tem capacidade de ter o maior programa de imunização do mundo" e destacou o protagonismo na fabricação de vacinas. "Nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Para quê essa ansiedade, essa angústia?", questionou.

"Hoje, é o plano macro. Amanhã, estaremos definindo com o Ministério da Defesa a ida aos estados e vamos trabalhar para os planos estaduais rapidamente. Tudo isso custeado pelo SUS", afirmou Pazuello. "Não podemos pôr em dúvida a credibilidade da nossa agência reguladora. Cuidado com as pessoas que falam da nossa Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)".

O ministro disse ainda que "o mais importante" da cerimônia não era a apresentação do plano de vacinação. "É mostrar que estamos todos juntos. Todas as vacinas produzidas no Brasil, no Butantan, em qualquer indústria, terá prioridade para o SUS. Todos os brasileiros receberão a vacina de forma grátis, nos postos de vacinação", completou.

Em fala ainda mais breve, o presidente Jair Bolsonaro se disse honrado com a presença dos governadores, mas provocou: "Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução". Ele também prestou homenagem ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e finalizou: "Se Deus quiser, brevemente estaremos na normalidade".

O plano prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, que receberão duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. Serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.

A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 por meio de três acordos: Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses até julho de 2020 e mais 30 milhões de doses por mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses); Pfizer (70 milhões de doses ainda em negociação). Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Anvisa, etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.

Ainda de acordo com o plano, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas.(Com Agência Brasil)

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