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Camilo propõe inclusão de professores na primeira etapa de vacinação contra a Covid-19
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Camilo propõe inclusão de professores na primeira etapa de vacinação contra a Covid-19

Os profissionais da educação, apesar de serem considerados prioritários, foram excluídos das três primeiras fases do Plano Nacional de Imunização
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CAMILO SANTANA enviou ofício ao Ministério da Saúde
 (Foto: Julio Caesar/ O POVO)
Foto: Julio Caesar/ O POVO CAMILO SANTANA enviou ofício ao Ministério da Saúde

Professores têm contato diário, longo e direto com um público heterogêneo em espaços fechados. Diante disso o governador Camilo Santana enviou ontem, 30, ofício ao Ministério da Saúde posicionando-se a favor de incluir professores de todos os níveis e categorias na primeira fase do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. Apesar de serem considerados prioritários, os profissionais não constam nas três primeiras fases previstas pelo Governo Federal.

A solicitação baseia-se também no fato de que “muitas escolas estão retornando gradualmente às aulas presenciais, o que tem intensificado o risco de transmissão do vírus entre docentes e discentes". O chefe do Executivo estadual menciona ainda as famílias que desejam o retorno das aulas, mas temem pela saúde dos filhos. "Para amenizar esse temor, é necessário que os profissionais que mais têm contato com os alunos estejam devidamente imunizados contra a Covid-19, diminuindo-se os vetores de contaminação", afirma no documento.

O plano nacional prevê três etapas de vacinação. Na primeira estão incluídos 14,8 milhões de brasileiros entre trabalhadores de saúde, pessoas acima de 75 anos, idosos institucionalizados, população indígena aldeada em terras demarcadas e comunidades tradicionais ribeirinhas. A fase 2 é formada por mais de 22 milhões de pessoas com idades entre 60 e 74 anos. Na fase 3, a previsão é vacinar cerca de 12,6 milhões de pessoas com comorbidades.

Divulgado há duas semanas, o documento afirma que “além da programação supracitada, haverá continuidade das fases de vacinação nas quais outros grupos populacionais, também considerados prioritários, estarão contemplados, a exemplo dos trabalhadores da educação”. “Desta forma, na medida em que haja aprovação das vacinas, disponibilidade e cronograma de entregas, será possível a avaliação de qual fase esses grupos serão inseridos”, continua.

Na última terça-feira, o secretário-executivo da Saúde Élcio Franco estimou que a vacinação começara em 20 de janeiro Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização poderia ter início entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, poderá ocorrer a partir de 10 de fevereiro. “Isso vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, declarou.

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Urgência mundial

No início do mês, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pediu aos governos que priorizem os professores no acesso às vacinas contra a Covid-19. A entidade considera que os profissionais da educação devem ser tratados como trabalhadores da "linha de frente".

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