A boa quadra de 2020 garantiu recargas hídricas previstas para suprir toda a demanda de consumo humano durante este ano. Entretanto, o cenário é de alerta. De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), "o trabalho de diversificação da matriz hídrica para o abastecimento do Estado continua, sendo utilizadas todas as maneiras possíveis de abastecimento".

No Sertão Central, os maiores investimentos serão por meio do Projeto Malha D'água. Com ele, está prevista para 2021 a implantação do sistema adutor Banabuiú-Sertão Central que deve abastecer nove sedes municipais (Banabuiú, Jaguaretama, Solonópole, Milhã, Senador Pompeu, Pedra Branca, Dep. Irapuan Pinheiro, Senador Pompeu e Mombaça) e 38 sedes distritais. Estima-se que 213 mil cearenses serão beneficiados.

Serão 291 km de adutoras saindo de uma nova estação de tratamento de água a ser construída próximo ao açude Banabuiú. Para isso, está previsto um investimento de R$ 352,39 milhões negociados junto ao Banco Mundial. O programa já passou da fase de envio de contratos para licitação e está em avaliação para que a empresa escolhida dê início às obras. Haverá ainda continuidade do Programa de Poços, que evita a falta de água para a população rural e reforça o abastecimento urbano.

Além disso, estão em andamento as obras do Cinturão das Águas, dando início a operacionalização dos primeiros 53km para trazer água dos Rios Salgado e Jaguaribe para o Açude Castanhão. O Estado aguarda um posicionamento do Ministério do Desenvolvimento Regional para tratativa das águas do São Francisco. Conforme a SRH, "a tendência é que as águas cheguem ao Castanhão dando mais suporte à região do Vale do Jaguaribe".