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Casos de Covid-19 aumentam 26,9% em Fortaleza
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Casos de Covid-19 aumentam 26,9% em Fortaleza

Houve redução de 6,9% nas mortes entre 24 e 30 de janeiro, de acordo com o boletim epidemiológico da Sesa. 46% dos infectados no Ceará têm de 20 a 39 anos
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HOSPITAL LEONARDO DA VINCI: coronavírus está levando pessoas mais jovens aos hospitais (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA HOSPITAL LEONARDO DA VINCI: coronavírus está levando pessoas mais jovens aos hospitais

O número de casos do novo coronavírus em Fortaleza aumentou 26,7% entre 24 e 30 de janeiro deste ano, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) divulgado ontem. Já o número de mortes teve redução de 6,7% no mesmo período. Situação similar foi observada na Região de Saúde de Fortaleza, que abrange, além da Capital, Eusébio, Aquiraz e Itaitinga: foram confirmados no período 3.375 casos novos (aumento de 18,4%) e 22 óbitos (redução de 4,3%).

No Ceará, o aumento foi de mortes em vez de casos: foram 3,7% a mais (56 óbitos) em comparação com a semana anterior. O número de novas ocorrências de Covid-19 teve uma redução de 8% no mesmo período (4.713 novos casos).

LEIA TAMBÉM: 68,5% das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave em janeiro foram por Covid-19

O próximo boletim a ser publicado vai analisar a primeira semana de fevereiro e deve mostrar o resultado das novas medidas restritivas para as atividades econômicas e confirmar se o estado passa por uma segunda onda de Covid-19.

A evolução da pandemia no Ceará teve seu ponto de partida em fevereiro de 2020. Desde então, até 30 de janeiro deste ano, foram confirmados 376.492 casos e 10.561 óbitos pela doença, representando uma letalidade de 2,8% (no auge da pandemia, em maio do ano passado, esse índice se aproximou de 10%, com registro de mais de 100 mortes em 24 horas). A taxa de letalidade representa o número de mortes em relação às pessoas que apresentam a doença ativa.

Desde o começo da pandemia, a situação observada é de continuidade no aumento de casos e mortes, com breves períodos de redução. A curva epidemiológica registrou aumento no número de casos a partir de março de 2020, atingindo o pico na metade de maio. Depois disso, houve uma redução entre julho e outubro. No entanto, outro aumento ocorreu a partir do final de novembro, tendência que se sustenta atualmente.

"O comportamento da pandemia que estamos observando hoje no Ceará era relativamente esperado. É o reflexo de uma combinação de fatores, como o descumprimento das medidas restritivas por parte da população, as festas de final de ano e a circulação da variante de Manaus por todo o País, mutação que tem como resultado o aumento da transmissibilidade do vírus", explica o infectologista Rogério Siqueira, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia em São Paulo (SBI-SP).

O médico destaca ainda uma mudança no perfil dos infectados. Segundo o boletim da Sesa, os pacientes de 20 a 39 anos representam 46% dos casos confirmados no Ceará e 47,6% em Fortaleza.

"No início da pandemia, se achava que a Covid era motivo de medo apenas para as pessoas mais velhas e com comorbidades. Hoje vemos que não é bem assim, pois o novo coronavírus está levando mais pessoas jovens aos hospitais. Mesmo ainda sendo mais letal em idosos, a maior parte dos infectados hoje — e não é só no Ceará — tem menos de 49 anos", afirma.

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São Paulo - Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.
São Paulo - Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.

Aplicação da segunda dose da vacina contra Covid-19 deve começar nas próximas semanas, diz Cabeto

A previsão para aplicação da segunda dose da vacina contra Covid-19, no Ceará, pode iniciar já nas próximas semanas, informou o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto. Em live realizada pela Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE), ontem, 9, o titular da pasta, convidado pelo órgão para falar sobre a vacinação no Estado, esclareceu que metade das vacinas CoronaVac foi guardada para serem aplicadas na segunda dosagem. Além disso, o secretário também reforçou a campanha de vacinação no Estado.

Segundo o titular da pasta, o imunizante da segunda dose precisa ser o mesmo que o da primeira. Cada vacina tem um intervalo de tempo após a aplicação da primeira dose. Na CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, o período é de até 28 dias. Já o imunizante da Astrazeneca em parceria com a Fiocruz, o período é de até três meses. "A vacina é segura, ela precisa ser aplicada não só pela proteção, mas para que a gente possa atingir o número maior de pessoas no espaço mais breve possível e interromper esse ciclo de transmissão da Covid-19", disse Cabeto.

No Ceará, 186.388 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, segundo balanço do vacinômetro da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), divulgado às 12h11min desta terça-feira. A quantidade representa 83,4% das 223.605 doses distribuídas no Estado. Ao todo, 67 municípios já aplicaram 100% das doses recebidas pelo Governo do Ceará. Na capital, 77,65% das doses foram aplicadas, o que representa 72.210 vacinas aplicadas dentre as 92.996 distribuídas. (Mirla Nobre)

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