Desde o dia 28 de janeiro, o Ceará tem apresentado altos índices no uso de leitos de UTI, de acordo com a plataforma IntegraSUS, mantido pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). Segundo a atualização feita às 21h02min de ontem, a ocupação de leitos públicos e privados para Covid-19 no estado era de 87,21% para UTIs e 60,16% para enfermarias. A última vez que esteve abaixo dos 80% foi no dia 27 de janeiro, quando foi registrada uma ocupação de 77,39% e 47,48%, respectivamente.
A situação é parecida com a da Região de Saúde de Fortaleza, que abrange, além da Capital, Caucaia, Maracanaú, Baturité, Itapipoca e Cascavel. A taxa de ocupação estava acima dos 80% desde o dia 31 de janeiro. Na atualização de ontem à noite, o índice era de 88,03% e 76,89% para UTIs e enfermarias, respectivamente.
Os números são referentes à ocupação geral de UTIs (adulto, gestante, infantil e neonatal). Os leitos reservados somente para adultos chegou ao uso de 92,64% no Ceará, 92,76% na Região de Saúde de Fortaleza e 92,74% na Capital, que apresentava quatro hospitais com lotação de leitos na noite de ontem (Hospital Aldeota, Antônio Prudente, São Carlos e Hospital São José).
De acordo com a última edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta semana, o Ceará permanece na zona de alerta crítica de ocupação de leitos de UTIs, com taxa média de 86,1% em janeiro. No Nordeste, apenas Pernambuco, com 84%, estava nessa zona, que segundo o boletim, engloba taxas maiores de 80%.
Maranhão (63,9%) e Piauí (66,9%) também registraram incremento no indicador em janeiro, com o primeiro entrando e o segundo permanecendo na zona de alerta intermediária (taxas de ocupação de UTIs menores que 80% e maior ou igual a 60%). No Rio Grande do Norte (60,2%), Paraíba (50,2%), Alagoas (47,8%), Sergipe (54,5%) e Bahia (68,2%), as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 ficaram na zona de alerta intermediária, e os demais, fora da zona de alerta. (Flávia Oliveira)