Para evitar a proliferação da Covid-19 nos próximos dias, oito barreiras sanitárias foram instaladas em Fortaleza e na Região Metropolitana a fim de coibir o deslocamento não essencial da população. Os pontos estratégicos, apesar de não divulgados oficialmente, estão no limite entre as cidades cearenses. Para prosseguir a viagem, os abordados devem apresentar justificativas para casos de saúde, moradia, trabalho, transporte de cargas ou outras situações permitidas por decreto estadual.
Além das barreiras, está suspenso o transporte intermunicipal de passageiros, individual ou coletivo, regular e complementar. Mesmo o deslocamento metropolitano é preciso justificativa. As regras valem desde ontem até a Quarta-Feira de Cinzas, 17.
"A principal ideia é fechar todos os acessos à cidade de Fortaleza como forma de garantir a saúde das pessoas. Nesse momento, a gente precisa deste comprometimento, desse entendimento, e da parceria da população. A gente sabe que não é uma situação fácil. Então, conclamamos as pessoas: só tentem sair ou entrar no município de Fortaleza se realmente tiverem uma necessidade", reforça Coronel Eduardo Holanda, titular da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec).
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O secretário afirma que é passível de punição os casos de recusa por parte de indivíduos interpelados nas barreiras. "Obviamente, caso a pessoa não volte, ela será conduzida à delegacia, vai ser feito o rito processual prévio, mas a gente acredita que não será necessário."
Para o monitoramento, foram montadas estruturas com postos de observação da Guarda Municipal de Fortaleza, bases móveis e a Plataforma de Observação Elevada (POE), com câmeras ligadas ao sistema de videomonitoramento da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
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No total, 80 agentes da Guarda Municipal auxiliam nos três pontos de responsabilidade da prefeitura. O POVO esteve nessa sexta-feira, 12, na Barra do Ceará para acompanhar o trabalho de fiscalização. No local, assim como nos outros pontos, longas filas se formaram na saída da Capital rumo a Caucaia.
"Na verdade, a gente tem que pedir paciência e compreensão das pessoas. O engarrafamento, que vocês chamam, é de forma natural. A gente precisa fazer essa fiscalização mais ostensiva para ter esse controle de entrada e saída do município. Tem que pedir a compreensão das pessoas que evitem justamente esse deslocamento pra gente contenha a aglomeração", solicitou a superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Juliana Coelho, que destacou cerca de 200 agentes para atuação nos próximos dias.
Em Fortaleza, também participam da operação as equipes da Coordenadoria de Proteção Comunitária (Copcom), da Coordenadoria de Inspetorias Especializadas (Coesp) e do Grupo de Operações Especiais (GOE).