Vice-presidente do Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (Sinepe-CE), Andréa Nogueira se diz insatisfeita e surpresa com o decreto governamental, além de apontar falta de diálogo com o segmento educacional. A representante sindical lembra de quando o Governo buscou às escolas particulares para que também mantivessem o trabalho normal durante os dias que seriam de Carnaval. “Como pode um dia as escolas serem seguras, e no outro não?”, questiona.
“As escolas particulares cumprem com bastante responsabilidade e rigor os protocolos sanitários e do específico para a educação Nós entendemos que não há base científica para tal medida. A taxa de contaminação nas escolas é muito baixa. Em janeiro, o próprio secretário da Saúde, o dr. Cabeto, afirmou que o contágio foi cerca de 1%”, lembra ao citar parceria com também com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
“A escola exerce um papel fundamental no combate à pandemia. A escola diariamente reforça essa nova forma de sobreviver, ensina e disciplina os novos hábitos. Crianças e adolescentes necessitam estar dentro da sala de aula. Hoje nós recebemos os alunos tristes sabendo que não terão aulas presenciais, mesmo com rodízios, e pais preocupados porque não têm como deixar os filhos.
“Outros países do mundo têm tratado a educação com prioridade. Nós já começamos tarde. Agora, será outro prejuízo às crianças, jovens e adolescentes”, acredita. Andréa indica ainda que haverá uma reestruturação no trabalho das escolas. A vice-presidente do Sinepe diz que haverá reorganização no cronograma de atividades e que as aulas remotas serão ampliadas.