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Ex-integrantes do Exército cobram pagamentos após dispensa
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Ex-integrantes do Exército cobram pagamentos após dispensa

Fim do contratado com militares encerrou em fevereiro, mas documentação foi entregue ainda em janeiro
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CONFORME a Lei, o oficial, praça, licenciado ou ex-oficial por término de prorrogação de tempo de serviço deve receber o pagamento trinta dias após o fim do vínculo
 (Foto: O POVO)
Foto: O POVO CONFORME a Lei, o oficial, praça, licenciado ou ex-oficial por término de prorrogação de tempo de serviço deve receber o pagamento trinta dias após o fim do vínculo

Um grupo de 15 ex-militares, entre soldados, cabos e sargentos, buscou O POVO para denunciar o atraso no pagamento da compensação pecuniária da 10ª Região Militar do Exército Brasileiro, em Fortaleza. Pela lei, cada patente recebe uma quantia da rescisão de acordo com a posição e período trabalhado, o tempo de serviço obrigatório não é considerado nesse cálculo. Conforme as fontes ouvidas, os valores variam de R$ 5 mil a R$ 40 mil.

"Esse pagamento é como se fosse nossas contas de uma empresa. São os nossos direitos. Era pra nós recebermos no dia 1º desse mês. Nós já resolvemos a documentação no final de janeiro deste ano. Tem gente que não recebeu e foi lá. Mas eu sou do interior e não tenho como ir. Eles adiam a data, somem e não falam mais nada", lamenta um dos ex-militares.

Conforme a Lei, o oficial, praça, licenciado ou ex-oficial por término de prorrogação de tempo de serviço deve receber o pagamento trinta dias após o fim do vínculo, de uma só vez ou parcelamento mediante acordo com o interessado. De acordo com as fontes ouvidas, o vínculo com o exército terminou em 28 de fevereiro.

Outro comenta: "Isso de forma alguma era para acontecer. É onde o general trabalha todos os dias. Ainda mais numa época dessa de pandemia da Covid-19". O comandante da 10ª Região Militar é general Luciano Guilherme Cabral.

"Nós estamos numa situação chata. Eu tenho filho, casa, as contas atrasam. Só a minha esposa trabalha. Estamos sem previsão para esse dinheiro cair. Queremos satisfação do Comando. Na turma do ano passado, eles passaram três meses para resolver. Nós não queremos isso."

O POVO buscou a assessoria de comunicação da 10ª Região Militar do Exército, em Fortaleza, às 15horas de sexta-feira, 16, por e-mail e por ligação, mas o porta-voz afirmou que o expediente já havia encerrado às 12 horas. Por isso, só responderia nesta segunda-feira, 19. Nesta segunda-feira, 19, O POVO tentou contato com o setor, mas até a publicação desta matéria nenhuma resposta foi enviada. 

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