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Vacinação de professores para uma volta mais segura
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Vacinação de professores para uma volta mais segura

Covid-19. Prioridade
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De acordo com a vice-presidente do Sinepe-CE, Andréa Nogueira, desde abril, o Sinepe enviou requerimento, junto à secretaria de saúde do município, para que professores e profissionais da educação entrem no grupo prioritário de vacinação. "Valorizamos muito os profissionais da educação e, assim como acontece em relação a nossos alunos, prezamos pelo atendimento de todos os protocolos visando à garantia da saúde deles. Os profissionais da educação não trabalham em um ambiente inerentemente menos seguro do que os demais profissionais de outros setores", relata Andréa.

Segundo ela, o sindicato trabalha com pesquisas que indicam que o retorno às aulas presenciais não oferece grande risco. "A pesquisa mais recente, realizada na Escócia, mostra que o risco de hospitalização entre professores é 3% menor do que nas demais profissões - com exceção dos profissionais de saúde, que têm um risco 82% maior".

Uma das preocupações do Governo do Estado quanto à retomada das aulas presenciais é a eventual necessidade de voltar atrás no processo de retomada. "O pior dos mundos é a gente avançar na abertura e depois ter que fechar de novo", afirmou Camilo Santana, em entrevista concedida no último dia 6. O governador destacou que as decisões são tomadas com base na avaliação dos indicadores epidemiológicos.

Para o professor Anízio Melo, presidente do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação do Ceará (Apeoc), as escolas devem buscar garantir boas condições para que alunos e professores desfrutem ao máximo do ambiente virtual. Anizio acredita que a expansão do modelo presencial só deve ser tratado diante de uma vacinação em massa da população. "Há uma completa irresponsabilidade na gestão dos entes federados, que não conseguem garantir vacinas ou manter relações para garantir insumos. Isso provoca uma instabilidade geral na sociedade. Entendemos que, com essa conjuntura, com essa realidade, o retorno às aulas só pode ser pensado a partir do momento que se garanta segurança sanitária. Isso passa por acelerar a vacinação dos profissionais de educação", destaca.

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